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Direitos da REN em forte queda continuam a pressionar acções

Os títulos que permitem a subscrição de acções da REN no aumento de capital estão a cair mais de 3%, o que está a condicionar a evolução das acções, que negoceiam em equilíbrio com os direitos.

A política de dividendos da REN assume uma remuneração de 17,1 cêntimos por acção o que, tendo em conta o valor de fecho das acções na sessão de sexta-feira, pressupões uma taxa de rentabilidade de 6,04%.
Miguel Baltazar
Nuno Carregueiro nc@negocios.pt 24 de Novembro de 2017 às 13:05

As acções da REN estão esta sexta-feira de novo a ser pressionadas pela evolução em queda dos direitos de subscrição.

 

Os títulos que permitem a compra das novas acções no aumento de capital estão a cair 3,25% para 14,9 cêntimos. Uma evolução que está a arrastar a cotação das acções para uma queda de 0,6% para 2,474 euros.

 

Já ontem as acções tinham sido pressionadas em baixa pelos direitos, naquele que foi o primeiro dia em que estes títulos negociaram em bolsa.

 

Com as acções e os direitos a negociarem em simultâneo a tendência será para os dois títulos transaccionarem em equilíbrio e ser a evolução dos direitos a mandar no rumo da cotação das acções. É precisamente isso que se passa hoje, com os direitos a negociarem apenas ligeiramente mais "baratos" do que as acções.

 

À cotação actual das acções (2,474 euros) corresponde um valor teórico dos direitos de 15 cêntimos. À cotação actual dos direitos (14,9 cêntimos) equivale um preço teórico das acções de 2,47 euros.

 

Para o calcular o valor teórico dos direitos, basta multiplicar por 0,25124803 (número de acções que podem ser subscritas com um direito) a diferença entre a cotação das acções e o preço de subscrição de 1,887 euros. Para encontrar o valor teórico das acções, basta dividir a cotação do direito por 0,25124803 e adicionar o preço de subscrição de 1,877 euros.  

 

A calculadora do Negócios indica quais os preços de equilíbrio e permite também saber quanto tem de investir para participar na operação.

 

Por cada acção detida, os accionistas recebem um direito, que por sua vez garante a subscrição de 0,25124803 novas acções, mediante o pagamento de 1,877 euros por cada acção.

 

Um investidor que tinha 1.000 acções da REN no fecho da sessão de 20 de Novembro irá receber mil direitos na sua conta. Para participar no aumento de capital, terá de exercer os direitos, através dos quais ficará com mais 251 acções da REN (o número de acções é arredondado por defeito). O investimento neste exemplo é de 471,13 euros.

 

Os direitos devem ser vendidos pelos accionistas que os receberem e não querem participar no aumento de capital. E comprados no caso dos investidores que não são accionistas e querem investir no aumento de capital. 

Há três accionistas de referência da empresa presidida por Rodrigo Costa que já assumiram a intenção irrevogável de acompanhar o aumento de capital: a chinesa State Grid, a espanhola REE e a Fidelidade. 

 

Os detentores de direitos podem transaccionar estes títulos em bolsa até 1 de Dezembro. O período de subscrição destes títulos decorre entre 23 de Novembro e 6 de Dezembro, sendo que as ordens podem ser revogadas até 4 de Dezembro. As novas acções devem ser admitidas à negociação a 13 de Dezembro.

 

A REN está a efectuar um aumento de capital de 250 milhões de euros através da emissão de 133.191.262 novas acções. O encaixe da operação servirá para financiar metade do valor que a empresa liderada por Rodrigo Costa gastou na aquisição da actividade de distribuição de gás natural da EDP (Portgas).

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