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Direitos da REN afundam 8% e pressionam as acções

As acções da REN fecharam o dia a cair mais de 2%, penalizadas pela pressão vendedora sobre os direitos de subscrição do aumento de capital.

A REN  comprometeu-se com uma política de pagar um dividendo ilíquido de 0,171 euros por acção. Esse montante equivale a uma taxa de retorno de 6,34%, tendo em conta a cotação de fecho de sexta-feira, 28 de Abril, das acções da empresa liderada por Rodrigo Costa.
Nuno Carregueiro nc@negocios.pt 24 de Novembro de 2017 às 16:55

Aumentou a pressão sobre os direitos de subscrição do aumento de capital da REN. Os títulos acentuaram a tendência de queda ao longo da sessão, fechando o dia com uma queda de 7,79%, para 14,2 cêntimos.

 

A descida dos direitos (chegaram a cair 9,74% para 13,9 cêntimos) pressionou em baixa a cotação das acções, que fecharam o dia a cair 2,05% para 2,438 euros.

 

Esta forte pressão vendedora nos direitos estará a ser exercida pelos accionistas que receberam estes títulos mas não pretendem subscrever novas acções no aumento de capital. Nos dois dias em que os direitos foram negociados trocaram de mãos perto de 29 milhões de direitos, o que corresponde apenas a pouco mais de 5% do total emitido (534 milhões).

 

Já ontem as acções tinham sido pressionadas em baixa pelos direitos, naquele que foi o primeiro dia em que estes títulos negociaram em bolsa. Comparando com o preço teórico dos direitos no dia em que as acções destacaram estes títulos (15,9 cêntimos, a 20 de Novembro), a queda dos direitos é de 10,7%.

 

Com as acções e os direitos a negociarem em simultâneo, a tendência será para os dois títulos transaccionarem em equilíbrio e ser a evolução dos direitos a mandar no rumo da cotação das acções. É precisamente isso que se passa hoje, com os direitos a negociarem apenas ligeiramente mais "caros" do que as acções.

 

À cotação actual das acções (2,438 euros) corresponde um valor teórico dos direitos de 14,1 cêntimos. À cotação actual dos direitos (14,2 cêntimos) equivale um preço teórico das acções de 2,442 euros.

 

Para o calcular o valor teórico dos direitos, basta multiplicar por 0,25124803 (número de acções que podem ser subscritas com um direito) a diferença entre a cotação das acções e o preço de subscrição de 1,877 euros. Para encontrar o valor teórico das acções, basta dividir a cotação do direito por 0,25124803 e adicionar o preço de subscrição de 1,877 euros.  

 

A calculadora do Negócios indica quais os preços de equilíbrio e permite também saber quanto tem de investir para participar na operação.

 

Por cada acção detida, os accionistas recebem um direito, que por sua vez garante a subscrição de 0,25124803 novas acções, mediante o pagamento de 1,877 euros por cada acção.

 

Um investidor que tinha 1.000 acções da REN no fecho da sessão de 20 de Novembro irá receber mil direitos na sua conta. Para participar no aumento de capital, terá de exercer os direitos, através dos quais ficará com mais 251 acções da REN (o número de acções é arredondado por defeito). O investimento neste exemplo é de 471,13 euros.

 

Os direitos devem ser vendidos pelos accionistas que os receberem e não querem participar no aumento de capital. E comprados no caso dos investidores que não são accionistas e querem investir no aumento de capital. 

Há três accionistas de referência da empresa presidida por Rodrigo Costa que já assumiram a intenção irrevogável de acompanhar o aumento de capital: a chinesa State Grid, a espanhola REE e a Fidelidade. 

 

Os detentores de direitos podem transaccionar estes títulos em bolsa até 1 de Dezembro. O período de subscrição destes títulos decorre entre 23 de Novembro e 6 de Dezembro, sendo que as ordens podem ser revogadas até 4 de Dezembro. As novas acções devem ser admitidas à negociação a 13 de Dezembro.

 

A REN está a efectuar um aumento de capital de 250 milhões de euros através da emissão de 133.191.262 novas acções. O encaixe da operação servirá para financiar metade do valor que a empresa liderada por Rodrigo Costa gastou na aquisição da actividade de distribuição de gás natural da EDP (Portgas).

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