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Dia de recordes em Wall Street com Dow Jones a brilhar acima dos 24.000 pontos
As principais bolsas norte-americanas encerraram em terreno positivo, com o Dow Jones e o Standard & Poor’s 500 a estabelecerem novos máximos históricos. No caso do Dow Jones, o índice superou pela primeira vez o patamar dos 24.000 pontos.
O Dow Jones abriu e fechou em grande a sessão desta quinta-feira, ao escalar directamente a barreira dos 24.000 pontos. Fechou a somar 1,38% para 24.272,35 pontos, tendo a meio da sessão marcado o novo máximo de sempre, nos 24.327,82 pontos.
No passado dia 25 de Janeiro, a euforia tinha sido total: o Dow Jones atingia pela primeira vez o mítico patamar dos 20.000 pontos, fechando acima dessa fasquia. Pouco mais de um mês depois, a 28 de Fevereiro, o índice entrou bem lançado nos 21.000 pontos, num dia em que os mercados reagiram com agrado ao primeiro discurso de Donald Trump no Congresso dos EUA.
Quatro meses depois, a 2 de Agosto, o Dow Jones já estava confortavelmente no nível dos 22.000 pontos, impulsionado sobretudo pelos bons resultados empresariais. A fasquia dos 23.000 pontos foi superada a 17 de Outubro e agora chegam os 24.000 pontos.
Ou seja, em menos de um ano, o Dow Jones conseguiu escalar fasquia após fasquia, tendo ganho mais de 4.000 pontos.
Quem aproveitou para se regozijar foi o presidente Donald Trump, que disse na sua conta do Twitter que se os democratas tivessem ganho as eleições presidenciais, as bolsas estariam agora 50% abaixo dos valores actuais.
The Dow just broke 24,000 for the first time (another all-time Record). If the Dems had won the Presidential Election, the Market would be down 50% from these levels and Consumer Confidence, which is also at an all-time high, would be “low and glum!”
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 30 de novembro de 2017
Também o Standard & Poor’s 500 fechou em alta, a somar 0,82% para 2.647,58 pontos, tendo na negociação intradiária estabelecido um novo recorde nos 2.657,74 pontos.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite, que ontem esteve em contraciclo e fechou em baixa, esteve também a ganhar terreno, encerrando uma subida de 0,73% para 6.873,97 pontos, mas sem conseguir destronar o recorde de 6.914,19 pontos atingido há dois dias.
O destaque de hoje em Wall Street esteve na retoma das tecnológicas e na evolução positiva no que diz respeito à reforma fiscal de Trump que será votada pelo Senado norte-americano [já foi aprovada a versão da Câmara dos Representantes] ainda esta quinta-feira. Se hoje passar no Senado, as duas câmaras do Congresso irão depois tentar chegar a um entendimento para a proposta final.
"O mercado está a começar a ganhar mais terreno devido à maior convicção de que vai haver reforma fiscal e é esse o grande impulsionador da sessão de hoje", comentou à Reuters um estratega da Penn Mutual Asset Management, Mark Heppenstall.
O impulso republicano no sentido de se aprovar a legislação fiscal no Senado tem estado a evoluir favoravelmente, sublinhava ainda a Reuters. Isto devido ao facto de estarem a decorrer acordos "nos bastidores" com vista a assegurar votos suficientes. E uma voz de peso já disse que apoiava esta proposta da câmara alta do Congresso: o senador republicano John McCain.
Se a ambiciosa reforma fiscal de Trump avançar, uma das grandes bandeiras será a forte redução do IRC, o que irá animar ainda mais as cotadas.
O sector da energia também esteve a ter um bom desempenho, sustentado pela subida dos preços do crude nos mercados internacionais – depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter anunciado que prolongará o actual acordo de corte de produção, decisão que foi acompanhada por produtores-chave de fora da organização, como a Rússia.