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Descida de quase 2,5% do BCP segura bolsa no vermelho

A bolsa de Lisboa contrariou os ganhos registados pelas principais praças europeias, num dia em que o BCP corrigiu, após a escalada de 21% nas duas primeiras semanas do ano.

Sérgio Lemos
17 de Janeiro de 2022 às 16:44
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A bolsa portuguesa foi incapaz de acompanhar o movimento de subida observado nas principais praças europeias, com o índice de referência nacional a terminar a sessão em queda ligeira, arrastado pela desvalorização de quase 2,5% registada pelo BCP.

O índice PSI-20 fechou a ceder 0,04% para 5.634,78 pontos, com 11 ações em queda, 6 em alta e 2 inalteradas. No resto da Europa, o arranque de semana está a ser positivo, numa sessão em que os mercados norte-americanos estão fechados, com os investidores otimistas em relação à "earnings season" que está a começar na Europa.

O grande responsável pela queda da bolsa foi o BCP. O banco liderado por Miguel Maya desceu 2,35% para 0,1665 euros, num movimento de correção, natural após duas semanas de escalada. O banco valorizou 21% nas primeiras 10 sessões de 2022Trata-se da melhor performance entre os bancos na Europa – índice do setor sobe 10% – e é o melhor balanço do banco em igual período desde 2013, ou seja, há nove anos.

Após esta forte escalada do banco num período curto de tempo, os analistas já antecipavam uma correção. "O espaço para ganhos adicionais do BCP no curto prazo é limitado, tendo em conta as informações públicas. Provavelmente teremos um movimento de correção na banca europeia e no BCP, durante as próxima semanas", considerou ao Negócios Pedro Lino, CEO da Optimize.

Em queda fecharam ainda as papeleiras. A Navigator baixou 0,9% para 3,316 euros, enquanto a Altri cedeu 0,18% para 5,625 euros.

A impedir uma queda mais expressiva da bolsa esteve a Jerónimo Martins. A retalhista, que hoje recebeu três mudanças de avaliação por parte dos analistas, fechou a ganhar 1,34% para 21,20 euros por ação.

Enquanto os analistas da Alphavalue e da Kepler Cheuvreux emitiram análises negativas para a empresa - ambos recomendam aos investidores "reduzir" a exposição à empresa portuguesa - , o polaco Biuro Maklerskie Banku subiu o preço-alvo de 18,10 euros para 23 euros.

Ainda no setor da energia, a EDP Renováveis valorizou 0,52% para 19,28 euros, enquanto a Galp Energia somou 0,22% para 9,826 euros.

(Notícia atualizada)

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