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Dados económicos dececionantes abalam Wall Street

As bolsas norte-americanas encerraram em terreno negativo, pressionadas pelos maus dados da atividade industrial nos EUA.

01 de Outubro de 2019 às 21:08
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O Dow Jones encerrou a recuar 1,28% para 26.573,04 pontos e o Standard & Poor’s 500 cedeu 1,23% para 2.940,25 pontos – tratou-se da queda mais acentuada do S&P 500 das últimas cinco semanas.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite perdeu 1,13% para 7.908,69 pontos.

 

Assim, o arranque do mês nas bolsas do outro lado do Atlântico foi negativo, muito à conta dos dados da atividade industrial nos EUA, que foram os piores desde o fim da última recessão, o que alimentou os receios em torno de uma desaceleração económica mundial e levou a uma maior procura de ativos-refúgio em detrimento das ações.

 

O índice de atividade industrial do Institute of Supply Management (ISM), relativo a setembro, caiu para o nível mais baixo desde junho de 2009, penalizando assim o sentimento dos investidores – que também têm optado pela prudência devido à incerteza quanto ao desenrolar da nova ronda de negociações comerciais entre os EUA e a China.

 

Os títulos da banca lideraram as quedas, seguidos pelas cotadas do setor industrial.

 

"Estamos a observar um cenário muito fraco na atividade industrial. O receio é de que haja um efeito de contágio à economia dos serviços, que é a força motriz da economia norte-americana", comentou à Bloomberg a diretora de investimento da Northern Trust Wealth Management, Katie Nixon.

 

"Não podemos levar isto de ânimo leve e achamos que a Fed também não o deve fazer", acrescentou a mesma responsável.

 

Já na passada sexta-feira houve novos indicadores económicos nos EUA – inflação e gastos dos consumidores – que sinalizaram um arrefecimento da economia norte-americana, o que reforça a convicção de que a Fed deverá cortar pelo menos mais uma vez os juros diretores este ano (já o fez duas vezes em 2019, depois de 10 anos e meio sem os descer).

 

A garantia dada pela Reserva Federal norte-americana de que está pronta a atuar se for necessário (se houver uma debilitação da economia do pais) tem tranquilizado os investidores, mas penaliza a banca, que vê as suas margens serem reduzidas com os cortes de juros.

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