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CTT travam perdas após queda dos lucros

As acções dos CTT continuam em terreno negativo, recuando agora na casa dos 5%, atenuando assim um pouco a forte desvalorização registada já esta manhã. A empresa anunciou que os lucros no primeiro semestre caíram 44%.

Miguel Baltazar/Negócios
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As acções dos CTT continuam a negociar em terreno negativo, depois de ontem a empresa de serviço postal ter reportado queda de mais de 40% nos lucros durante os primeiros seis meses deste ano. As acções da empresa liderada por Francisco Lacerda (na foto) perdem 5,28% para 5,222 euros, depois de terem já recuado 8,22% para 5,06 euros.

Esta terça-feira, 1 de Agosto, já trocaram de mãos mais de 898 mil títulos, muito próximo da média diária dos últimos seis é de mais de 916 mil acções. Desde o início do ano, os CTT acumulam uma desvalorização de 19,07%. A capitalização bolsista dos CTT é superior a 782 milhões de euros.

Este comportamento tem lugar depois de a companhia ter apresentado uma queda de 44% nos lucros, para 17,7 milhões de euros no primeiro semestre do ano.


Os resultados ficaram abaixo do esperado pelos analistas do Caixa BI, que apontavam para lucros de 20,6 milhões de euros. Não contabilizando rendimentos ou gastos não recorrentes, o resultado líquido caiu 22,8%, para 26,4 milhões de euros.

O fim do acordo com a Altice para a exploração de sinergias motivou uma queda de 5 milhões de euros nas receitas. Já as receitas de correio caíram 0,8% para 269 milhões de euros, enquanto as do segmento expresso e encomendas subiram 4,8% para 62,8 milhões de euros.

Em nota assinada pelos analistas Artur Amaro e André Rodrigues, o Caixa BI considera que o segundo trimestre foi uma vez mais "fraco ao nível da rentabilidade dos CTT" e que as quedas de volumes no negócio de correio foram superiores ao antecipado.


A que se juntam ainda as perdas no negócio bancário - que contribuiu com 3,5 milhões de euros para as receitas mas continua a ter "impacto negativo nas contas consolidadas", com EBITDA negativo em 11,5 milhões de euros no primeiro semestre.

Factores que "amplificaram o momentum negativo em termos de resultados, colocando dificuldades para o cumprimento do guidance de um "EBITDA recorrente estável (excluindo Altice)" em 2017," acrescenta o analista, que realça ainda que não parecem existir elementos positivos que possam levar no curto prazo as acções dos CTT a melhorar o seu desempenho, "um dos piores" desempenhos do PSI 20.


Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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