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CTT e Sonae levam PSI-20 a contrariar ganhos da Europa

A bolsa nacional inverteu para terreno negativo, seguindo no vermelho pela terceira sessão consecutiva. Os CTT e a Sonae, com quedas superiores a 2%, são as empresas que mais penalizam.

Bruno Simão/Negócios
01 de Fevereiro de 2017 às 12:20
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A bolsa nacional inverteu a tendência positiva do início da sessão, penalizado sobretudo pelos CTT e pela Sonae. Nesta altura, o PSI-20 desce 0,32% para 4.460,69 pontos, seguindo em terreno negativo pela quarta sessão consecutiva. Das 18 empresas que formam o principal índice nacional, 11 estão em queda, cinco em alta e duas inalteradas.

Lisboa contraria, desta forma, a tendência positiva das principais praças europeias, que estão a ser impulsionadas sobretudo pelas empresas ligadas ao sector industrial. Estes títulos estão a ser animados pela Siemens, cujos lucros do negócio industrial subiram 26% para 2,51 mil milhões de euros, e pelos dados que mostram que a actividade industrial da Zona Euro cresceu, em Janeiro, ao ritmo mais rápido em quase seis anos.

O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, ganha 0,98% para 363,64 pontos.

Por cá, as acções dos CTT descem 2,13% para 5,044 euros, depois de terem chegado a cair um máximo de 4,23% durante a manhã, para negociarem nos 4,936 euros, o valor mais baixo desde que e empresa entrou em bolsa, em Dezembro de 2013.

Os títulos continuam a ser pressionados pela revisão das estimativas feita pela gestão da companhia, que estima agora que a redução de 4,2% do correio no quarto trimestre deverá implicar uma diminuição entre "4% e 5% nos rendimentos operacionais de 2016".

A contribuir para a tendência negativa do PSI-20 estão também a Sonae e as cotadas do sector da energia. A retalhista recua 2,26% para 77,7 cêntimos, a EDP desce 0,45% para 2,676 euros e a EDP Renováveis perde 0,66% para 5,904 euros. Já a Galp Energia desvaloriza 0,62% para 13,535 euros, numa altura em que o petróleo regista ganhos em torno de 0,5% nos mercados internacionais.

Do lado das perdas seguem também a Nos, com uma descida de 0,83% para 5,166 euros, e a Semapa, que perde 0,91% para 13,03 euros.

Por outro lado, a evitar uma maior descida do PSI-20 estão o BCP, a Jerónimo Martins e a Pharol. O banco liderado por Nuno Amado ganha 1,47% para 15,87 cêntimos, na segunda sessão em que os direitos de subscrição do aumento de capital já não negoceiam em bolsa.

A Jerónimo Martins sobe 0,45% para 15,725 euros e a Pharol dispara 8,59% para 27,8 cêntimos – o valor mais alto desde Dezembro de 2015 – depois de a Orascom ter decidido alargar a validade da proposta anteriormente apresentada para a recuperação judicial da Oi, que tem a Pharol como maior accionista. Na sessão de ontem, as acções da operadora brasileira dispararam mais de 4,5%. 

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