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CTT e BCP levam PSI-20 para mínimos de mais de seis semanas
A bolsa nacional acompanha o pessimismo das principais praças europeias, penalizadas pelos receios em torno do impacto das políticas de Donald Trump.
Depois de duas sessões consecutivas de ganhos, a bolsa nacional está esta segunda-feira, 30 de Janeiro, em terreno negativo, penalizada sobretudo pelo BCP e pelos CTT. O PSI-20 desce 1,74% para 4.529,40 pontos, o valor mais baixo desde o dia 15 de Dezembro de 2016. Das 18 empresas que compõem o principal índice português, 15 estão em queda, duas em alta e uma inalterada.
Na Europa, a tendência é igualmente negativa, depois de as medidas anti-imigração de Donald Trump terem aumentado os receios em torno do impacto da sua política. Na última sexta-feira, o presidente norte-americano assinou uma ordem executiva que proíbe a entrada a todos os refugiados durante 120 dias, assim como a todos os cidadãos de sete países de maioria muçulmana (Síria, Líbia, Sudão, Irão, Iraque, Somália e Iémen) durante 90 dias.
O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, cai 0,73% para 363,71 pontos, penalizado sobretudo pelas cotadas da banca, sector automóvel e seguradoras.
Por cá, os CTT afundam 10,35% para 5,39 euros, depois de terem chegado a deslizar um máximo de 11,68% para 5,31 euros, um novo mínimo histórico. Esta evolução acontece depois de a empresa ter revisto as estimativas para o ano de 2016, na passada sexta-feira. Os CTT estimam que a redução de 4,2% do correio no quarto trimestre implique uma redução entre "4% e 5% nos rendimentos operacionais de 2016", de acordo com um comunicado enviado para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Esta nova previsão levou o JP Morgan a reduzir em quase 3 euros o preço-alvo das acções dos CTT para 6,05 euros , tal como o BPI de 7,0 euros para 6,80 euros.
Já as acções do BCP descem 3,59% para 14,78 cêntimos, arrastadas pela descida de 6,95% para 68,3 cêntimos dos direitos de subscrição do aumento de capital, que negoceiam em bolsa pelo último dia.
Ainda na banca, o BPI ganha 0,09% para 1,133 euros e o fundo do Montepio segue inalterado em 41,1 cêntimos.
Na energia, a EDP desliza 1,49% para 2,703 euros, a EDP Renováveis perde 0,82% para 6,015 euros e a Galp Energia desvaloriza 1,18% para 13,765 euros, numa altura em que o petróleo está em alta ligeira nos mercados internacionais.
Além do BPI, só a Pharol segue em terreno positivo com uma subida de 1,59% para 25,6 cêntimos.