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CTT e BCP empurram PSI-20 para pior sessão desde o Brexit

O mercado accionista português seguiu a maré vermelha europeia e encerrou com perdas generalizadas. A revisão em baixa das estimativas de EBITDA levou os CTT a novos mínimos históricos e o último dia de negociação dos direitos arrastou os títulos do BCP.

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30 de Janeiro de 2017 às 16:45
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A praça portuguesa fechou a sessão desta segunda-feira, 30 de Janeiro, com uma queda de 2,79%, com o PSI-20 a ficar nos 4.481,32 pontos, naquela que foi a pior sessão desde o referendo que decidiu a saída do Reino Unido da União Europeia, em 23 de Junho.

Lisboa acompanhou as quedas na Europa e foi pressionada pelos recuos dos títulos dos CTT, do BCP, energia e Sonae. No principal índice nacional, 15 títulos fecharam o dia em terreno negativo, um em alta e dois inalterados. 

Pior que Lisboa, na Europa, só mesmo o índice grego, que caía mais de 3%.

Num dia, as cotadas do PSI-20 perderam, no seu conjunto, cerca de mil milhões de euros em capitalização bolsista, com a Galp, a EDP e os CTT a representarem, juntos, mais de metade do valor.

Depois da revisão das estimativas da semana passada, que resultou no corte da avaliação para a empresa em mais de 30%, os CTT lideraram as desvalorizações, ao tombarem 13,99% para 5,171 euros, novo mínimo histórico.

Apesar da queda de 4% a 7% no EBITDA de 2016, agora estimado pela empresa liderada por Francisco Lacerda, a administração reafirma que poderá propor um dividendo mínimo de 48 cêntimos por acção.

Também com quedas fortes estiveram os direitos associados ao aumento de capital do BCP, que esta segunda-feira terminaram a transacção em bolsa. Caíram 20,98% para 58 cêntimos, arrastando consigo as acções do banco liderado por Nuno Amado – recuaram 4,63% para 14,62 cêntimos. Na sessão bolsista da próxima terça-feira, 31 de Janeiro, já não será possível aos accionistas da instituição comprar ou alienar direitos do BCP. O período de subscrição de direitos termina no dia 2 de Fevereiro.

Ainda a pesar na performance do índice esteve o sector energético, com a Galp a cair 2,23% para 13,62 euros em dia de cedências entre 0,5% e 1,2% dos preços do petróleo em Londres e Nova Iorque, e a EDP a recuar 1,6% para 2,7 euros.

A Sonae esteve também entre as maiores perdas do dia - terminou a cair 4,62% para 0,784 euros - enquanto a Jerónimo Martins perdeu 0,95% para 15,655 euros. A limitar perdas em Lisboa estiveram os ganhos da Pharol: isolada, a somar 1,59% para 0,256 euros. Inalterados ficaram os papéis do BPI e das unidades de participação do Montepio.

As praças europeias intensificaram as quedas depois da abertura também em baixa de Wall Street, onde as negociações são condicionadas pela incerteza que envolve as medidas mais recentes de Donald Trump, depois de o presidente norte-americano ter assinado na sexta-feira uma ordem executiva que limita a entrada de alguns imigrantes no país, apesar da promessa de simplificação legislativa – que hoje começou a ser cumprida – e da descida de impostos.

(Notícia actualizada às 17:36 com mais informação)

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