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CTT dispara mais de 3% após venda de ex-sede e aquisição da Transporta

As acções subiram para máximos de três meses depois da empresa ter revelado várias novidades.

Miguel Baltazar/Negócios
16 de Dezembro de 2016 às 10:00
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As acções dos CTT estão a reagir em alta às duas novidades ontem anunciadas pela empresa de correios, que os analistas consideram ter impacto positivo na empresa.

A empresa liderada por Francisco Lacerda alienou imóveis situados em Lisboa por um montante total de 25 milhões de euros e anunciou que pretende comprar uma empresa de transportes.   

 

Em reacção a estas notícias, os títulos dos CTT lideram os ganhos esta manhã na praça portuguesa. Sobem 2,81% para 6,394 euros, tendo já chegado a valorizar 3,7% para 6,449 euros, o valor mais elevado desde 13 de Setembro.

 

A venda de imóveis, num lote onde se inclui a antiga sede da empresa de correios, vai gerar um encaixe de 25 milhões de euros, o que representa uma mais-valia de 16 milhões de euros. Um valor que os analistas do BPI calculam representar 9 cêntimos por acção, ou seja, um impacto positivo de 1,5% face à cotação de fecho de ontem.

 

Esta venda de imóveis, que decorre da actual "política de alienação de activos não estratégicos" dos CTT, é vista com bons olhos pelos analistas do CaixaBI. "Entendemos que se trata de uma notícia positiva, por traduzir a capacidade dos CTT em monetizar um activo não estratégico", refere o analista Artur Amaro, na nota a clientes enviada esta sexta-feira, 16 de Dezembro.

 

Acrescenta que "os CTT mantêm a intenção de continuar a optimizar o seu balanço nos próximos trimestres", tendo "outras medidas adicionais em análise", entre elas "a possibilidade de transferir as responsabilidades com os cuidados de saúde pós-emprego para um fundo.

 

Sobre a intenção de comprar a Transporta – transportes Porta a Porta, por 1,5 milhões de euros, o CaixaBI refere que a "operação não deverá traduzir um impacto material no curto prazo para a empresa", estando alinhada com a mensagem da empresa para o negócio de "Expresso & Encomendas", onde os CTT querem "capturar a tendência de crescimento".

 

O CaixaBI assinala que este segmento tem permanecido com dificuldades durante o exercício de 2016, com as receitas a descerem 8,3% para 88,1 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. "Este desempenho deveu-se de forma significativa à perda de clientes de maior dimensão, particularmente em Espanha" e "a actividade em Portugal foi influenciada pelo facto de terem perdido um importante cliente", refere Artur Amaro.

 

O CaixaBI tem um preço-alvo de 8,20 euros para os CTT, com uma recomendação de "comprar". O BPI tem a cotada sob revisão.  

Acções dos CTT negoceiam em máximos de Setembro  




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