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Champalimaud com mais de 10% dos CTT consolida posição de maior accionista privado
O grupo Gestmin voltou a reforçar a posição detida nos CTT, que é agora superior a 10% se contabilizados os interesses de terceiros imputáveis à companhia, o que consolida a empresa detida por Manuel Champalimaud como o maior accionista privado dos correios nacionais.
Mantendo a tendência verificada ao longo dos últimos meses, Manuel Champalimaud voltou a reforçar a posição detida no capital social dos CTT.
Em comunicado enviado esta terça-feira, 14 de Março, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa postal anunciou que a Gestmin, controlada por Champalimaud, comprou quase 364 mil acções a 10 e 13 de Março, elevando a sua posição a 10%. Somados aos direitos de voto pertencentes a terceiros que são imputáveis à Gestmin, esta empresa fica com um total de 10,24% na companhia liderada por Francisco Lacerda.
Já antes, durante a sessão, o grupo Gestmin tinha revelado que "acaba de reforçar a sua participação na empresa, detendo agora uma posição de 10% do capital dos CTT".
O número de acções adquiridas e o montante investido não surgiam referenciados na nota enviada pela Gestmin, sendo que a informação mais recente sobre a estrutura accionista dos CTT que consta do site da empresa atribuía ao grupo liderado por Manuel Champalimaud uma participação de 9,95%.
João Bento, CEO da Gestmin, referia que, "aproveitando as muito favoráveis condições de mercado", a empresa decidiu reforçar a aposta nos CTT, porque "acreditamos na estratégia inovadora seguida pela empresa, na sua solidez, nas vantagens competitivas e na sua posição única no mercado".
Se a Gestmin tem vindo consistentemente a reforçar a participação detida nos CTT, no início deste mês a seguradora britânica Standard Life, que era accionista de referência desde Maio de 2014, deixou de deter uma participação qualificada nos correios nacionais após alienar mais de 3% da empresa liderada por Francisco Lacerda, um movimento de vendas realizado num período inferior a um mês.
Na bolsa lisboeta, os títulos dos CTT fecharam a sessão a perder 1,74% para 4,79 euros.