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Bolsas reagem em queda à decisão do BCE

Os principais índices europeus inverteram para terreno negativo e o euro reforçou os ganhos face ao dólar depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter anunciado a manutenção das taxas de juro e do programa de compra de activos.

Miguel Baltazar
08 de Setembro de 2016 às 13:28
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As bolsas europeias, que negociavam em alta ligeira, inverteram para terreno negativo depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter decidido manter inalteradas as taxas de juro de referência (0%) na taxa central a que empresta aos bancos e -0,4% nos depósitos em Frankfurt) e o programa de compra de activos.

O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, desce 0,29% para 349,45 pontos, depois de já ter estado a subir um máximo de 0,3% esta manhã. A pressionar estão sobretudo os sectores do retalho e media.

O alemão DAX cai 0,6%, o CAC40 desce 0,45% e o grego ASE/FTSE recua 0,91%. Só o espanhol IBEX e o londrino Footsie escapam às perdas, com subidas de 0,61% e 0,23%, respectivamente.

Por cá, o PSI-20 também inverteu para terreno negativo, seguindo com uma desvalorização de 0,18% para 4.748,42 pontos.

Depois de anunciada a conclusão da reunião mensal do BCE, em Frankfurt, a moeda única reforçou os ganhos face ao dólar. O euro valoriza, nesta altura, 0,54% para 1,1300 dólares, o valor mais alto desde 26 de Agosto.

Quase metade dos economistas consultados pela Bloomberg antecipava que o BCE iria anunciar esta quinta-feira um reforço dos estímulos à economia. Uma das medidas apontadas como possíveis era a extensão do programa de compra de activos além de Março de 2017. Era também o que esperava o analista na SEB AB, Marius Dahei. Em declarações àquela agência noticiosa, o especialista considerava que o adiamento da extensão, "aumentaria a incerteza no mercado, porque o fim do programa está a apenas seis meses de distância."

As decisões serão explicadas na conferência de imprensa que terá início na sede o BCE em Frankfurt às 13:30, na qual serão também conhecidas as novas previsões do BCE para o crescimento e a inflação na Zona Euro.

"O Conselho decidiu que a taxa de juro nas operações principais de refinanciamento e as taxas de juro da facilidade permanente de cedência marginal de liquidez e da facilidade permanente de depósitos permanecerão inalteradas em 0,00%, 0,25% e -0,4% respectivamente" lê-se no comunicado do BCE que acrescenta que o Conselho "espera que as taxas de juro de referência permaneçam nos actuais níveis ou mais baixos por um período prolongado, e bem para lá do horizonte de compras líquidas de activos [Março de 2017]".

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