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Bolsas americanas marcam novos máximos de fecho
Os principais índices do outro lado do Atlântico encerraram em alta, pela sétima sessão consecutiva, animados sobretudo pelos resultados trimestrais acima do esperado por parte da banca.
O índice industrial Dow Jones encerrou a somar 0,02%, fixando-se nos 15.464,07 pontos, naquele que é o seu máximo de sempre num fecho de sessão.
Também o Standard & Poor’s 500 estabeleceu um novo recorde de fecho, ao avançar 0,3% para 1.680,06 pontos. O anterior máximo do S&P 500 num encerramento de sessão tinha sido fixado ontem, nos 1.675 pontos, e antes disso no passado dia 21 de Maio, nos 1.669,16 pontos.
O índice de referência mundial já anulou assim tudo aquilo que tinha perdido desde 21 de Maio, data em que Ben Bernanke aludiu à possibilidade de a Fed poder em breve começar a retirar os incentivos económicos no âmbito da terceira ronda de “flexibilização quantitativa” (QE3), que se tem traduzido na compra mensal de dívida no valor de 85 mil milhões de dólares.
Uma vez que Bernanke esta semana mostrou um apoio mais declarado aos estímulos à economia, Wall Street tem estado a reagir em alta. Hoje as subidas foram menos expressivas, a aliviar um pouco da euforia, mas o movimento altista manteve-se.
Por seu lado, o índice tecnológico Nasdaq terminou a jornada a valorizar 0,61% para 3.600,08 pontos.
O sector financeiro foi o que teve melhor desempenho na sessão de hoje, depois de o JPMorgan Chase e o Wells Fargo terem reportado lucros acima das estimativas dos analistas.
A Dell também esteve a negociar no verde, animada pelo anúncio do investidor Carl Cahn, que disse que vai reforçar a sua oferta sobre a fabricante de PCs.
Do lado das perdas, destaque para a UPS, que caiu 5,8% após rever em baixa a sua previsão para os lucros deste ano.
Recorde-se que o presidente da Reserva Federal disse anteontem que os EUA precisam, nos próximos tempos, de uma “política monetária altamente acomodatícia”, dando assim o seu apoio ao actual programa de “quantitative easing”.
Bernanke discursou três horas depois de terem sido divulgadas as minutas da última reunião da Fed, que mostraram que cerca de metade dos 19 participantes na Comissão Federal do Mercado Aberto [FOMC, na signa em inglês] pretende suspender o programa de estímulos no final do ano. Ao mesmo tempo, as minutas revelaram que muitos responsáveis da Fed querem ver mais sinais de melhoria do emprego antes de apoiarem uma redução da compra de activos.