Notícia
Bolsas europeias acentuam quedas e perdem mais de 3% com ataque iminente à Ucrânia
A grande instabilidade que se vive na Ucrânia está a afundar as bolsas mundiais, perante os receios de um conflito armado em território europeu.
A maré vermelha que envolveu as praças europeias esta segunda-feira tem vindo a adensar-se. Os principais índices do Velho Continente seguem a negociar com desvalorizações superiores a 3%, arrastadas pelos receios de uma invasão russa à Ucrânia, já depois de também as bolsas asiáticas terem fechado no vermelho e com os futuros de Wall Street a apontarem para uma abertura negativa.
Os índices acionistas europeus intensificaram as descidas. O francês Cac-40 lidera as perda, ao recuar mais de 3,5%, enquanto Itália recua 3,42% e o alemão Dax perde 3,03%. A descer perto de 3% está o espanhol Ibex-35 (-2,88%). Já o índice europeu Stoxx 600 baixa 2,52%, enquanto em Lisboa o PSI-20 negoceia com uma quebra de 2,10%.
A razia na Europa não poupa ninguém, com todos os mercados a transacionarem no vermelho, assim como todos os grupos empresariais, com os investidores a temerem o início de um conflito armado em continente europeu.
O setor das viagens lidera as quedas, ao recuar mais de 4%, seguido pela banca, que desvaloriza 4%. Em sentido oposto, o setor petrolífero é o que menos cai: desce 1%.
Os preços do petróleo até arrancaram o dia em alta, com o brent a renovar máximos de sete anos, mas acabaram por ceder à pressão e inverter para terreno negativo, perante o pessimismo dos investidores em relação à situação na Ucrânia.
O estratego chefe do Morgan Stanley, Michael Wilson, escreveu hoje numa nota, citada pela Bloomberg, que uma potencial invasão à Ucrânia pode puxar as economias para uma recessão.
A situação geopolítica na região deteriorou-se nas últimas horas, temendo-se que esteja iminente um ataque, uma situação que poderia atirar as ações para um "bear market".