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Bolsas dos EUA pouco alteradas. Tesla afunda mais de 9%
As bolsas dos Estados Unidos abriram com ganhos tímidos, devido à falta de novidades sobre as negociações com a China e a uma série de indicadores económicos que travam o otimismo dos investidores.
Os principais índices norte-americanos abriram pouco alterados esta quinta-feira, 4 de abril, depois dos fortes ganhos recentes, com a falta de novidades sobre as negociações entre os Estados Unidos e a China e os receios em torno do crescimento global a condicionarem o apetite dos investidores pelos ativos de maior risco.
O índice industrial Dow Jones sobe 0,03% para 26.226,03 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq avança 0,06% para 7.900,57 pontos. Já o S&P500 soma 0,07% para 2.874,94 pontos.
As negociações entre a China e os Estados Unidos foram retomadas em Washington esta quarta-feira, depois dos encontros realizados entre responsáveis dos dois países em Pequim, na semana passada.
Esta quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, deverão reunir-se para tentar superar o impasse.
"As coisas estão muito calmas e há uma falta de notícias. E os dados económicos conhecidos esta semana dão sinais contraditórios", afirma Sahak Manuelian, diretor de negociação de ações da Wedbush Securities em Los Angeles, citado pela Bloomberg.
Se por um lado o PMI para a indústria na China recuperou em março, na Zona Euro esse indicador registou a maior quebra dos últimos seis anos. Já as encomendas à indústria alemã registaram, em fevereiro, a maior quebra em mais de dois anos, enquanto a atividade dos serviços nos Estados Unidos desceu para mínimos de 19 meses, em março, e a criação de empregos no setor privado subiu menos do que era esperado.
As expectativas em torno das negociações sino-americanas contribuíram para o forte desempenho no primeiro trimestre do S&P500, que esta semana encerrou em alta em todas as sessões. O índice está próximo de máximos de outubro e a menos de 2% de atingir um recorde histórico.
Na sessão de hoje, destacam-se os títulos da Tesla, que afundam 9,32% para 264,66 dólares, depois de a fabricante ter revelado que as vendas caíram 31% no primeiro trimestre, face aos três meses anteriores, devido a dificuldades de distribuição para a China e Europa.