O PSI-20 desliza 5,45% para 5.228,98 pontos, com as 20 cotadas em queda, tendo chegado a descer mais de 7%, o que corresponde à maior queda intradiária desde Outubro de 2008, na sequência da falência do Lehman Brothers, altura em que perdeu mais de 8%.

A desvalorização de hoje faz com que a capitalização bolsista nacional encolha 2,34 mil milhões de euros, com a banca a justificar 26% deste valor.

A queda abrupta da bolsa, para mínimos desde Novembro, surge um dia depois de Paulo Portas ter apresentado a sua demissão, o que apanhou os agentes económicos e políticos de surpresa e provocou nervosismo entre os investidores, já que a perspectiva da queda do Governo aumentou, colocando em risco o cumprimento do programa de ajustamento acordado com a troika.

O sector bancário é um dos mais afectados esta quarta-feira, com quedas na ordem dos 10%. O BCP cai 11,83% para 8,2 cêntimos, o que significa que, desde ontem, o banco liderado por Nuno Amado vale menos 216,78 milhões de euros.

Mas não é só o BCP que está a assistir a uma queda acentuada: o BES cai 9,97% para 55,1 cêntimos, o que em capitalização bolsista significa menos 245 milhões de euros, o BPI perde 11,43% para 79,8 cêntimos, ou menos 143,17 milhões, o Banif cai 13,04% para 8,0 cêntimos, ou seja 6,84 milhões de euros, e o ESFG recua 1,92% para 5,12 euros, ou 20,7 milhões de euros. No total, os bancos estão 632,59 milhões de euros “mais pobres” face à sessão de ontem.

Em queda acentuada está também a EDP, ao perder 6,77% para 2,298 euros, o que, em termos de capitalização bolsista, corresponde a menos 614,3 milhões de euros.

Entre os 20 títulos que compõem o PSI-20 não há nenhum que esteja a subir. As quedas variam entre 1,87%, da Galp Energia e os 13% do Banif, sendo que 14 cotadas estão a cair inclusivamente mais de 5%.