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Bolsa nacional sobe mais de 2% em linha com a Europa

A bolsa de Lisboa está a acentuar os ganhos registados ao início da manhã, impulsionada sobretudo pelos títulos do BCP e da Galp Energia. Entre as restantes praças europeias, o sentimento é igualmente de ganhos em torno dos 2%.

Pedro Elias/Negócios
05 de Outubro de 2015 às 10:38
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A bolsa de Lisboa está a aprofundar a valorização registada no arranque da sessão. O PSI-20 soma 2,15% para 5.329,03 pontos, com as 18 cotadas que compõe o índice a negociarem no verde. Este domingo realizou-se em Portugal as eleições legislativas. A coligação Portugal à Frente (PSD e CDS-PP) venceu o escrutínio mas sem uma maioria absoluta.

Para os analistas a sinalização da coligação PSD/CDS de que procurará entendimentos com o PS, a aparente abertura dos socialistas para negociarem com um governo minoritário de direita de forma a evitar instabilidade, e o apoio dos três partidos à moeda única caiu bem entre os analistas de mercados. Os especialistas nas reacções pós-resultados eleitorais não identificam riscos significativos de curto prazo num governo minoritário. A médio prazo, no entanto, a realidade pode bem mudar: entre os vários governos minoritários eleitos desde 1974, apenas um completou o mandato.

Entre as restantes praças europeias, o sentimento é igualmente de ganhos negociando a maioria das bolsas com valorizações superiores a 2%. A excepção é o principal índice grego que soma 1,48%. Este comportamento das bolsas do Velho Continente tem lugar numa altura em que as acções ligadas às matérias-primas estão também a valorizar. A marcar o dia nos mercados está o facto de os investidores estarem a antecipar que a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) não vai alterar a sua política monetária até ao final do ano. Isto depois de no final da semana passada terem sido revelados dados relativos à criação de postos de trabalho que ficaram aquém das estimativas dos analistas.

Ainda em foco na negociação esta segunda-feira, 5 de Outubro, estão os títulos da Glencore, uma empresa produtora de matérias-primas. A empresa está a proceder a uma reestruturação e, na semana passada, a Bloomberg avançou que o fundo soberano de Singapura, o japonês Mitsui e o fundo de pensões canadiano poderiam estar interessados numa participação minoritária no segmento agrícola da empresa. Na bolsa de Londres, os títulos da Glencore sobem 5,21% para 99,95 pences.

Na bolsa de Lisboa, os títulos do BCP e da Galp Energia são os que mais impulsionam o comportamento do principal índice. As acções do banco liderado por Nuno Amado somam 5,93% para 5,54 cêntimos. O BPI aprecia 0,19% para 1,035 euros. Na semana passada, a administração do banco liderada por Fernando Ulrich ter apresentado uma solução para resolver o problema da elevada exposição ao mercado angolano.

O Negócios escreve esta segunda-feira, 5 de Outubro, que o BCP e BPI têm de mudar de auditor no próximo mandato. As novas regras impostas aos auditores, decorrentes de uma directiva europeia, impõem que os bancos mudem de auditor ao fim de dez anos. BCP e BPI mantêm o mesmo revisor de contas há mais de uma década.

O Banif  sobe 2,63% para 0,39 cêntimos.

A Galp Energia soma 2,29% para 9,512 euros, isto numa altura em que os preços do petróleo estão a subir nos mercados internacionais. O Brent do Mar do Norte, que serve de referência para importações europeias, avança 1,18% para 48,70 dólares por barril. No grupo EDP, a casa-mãe aprecia 1,86% para 3,402 euros e a EDP Renováveis cresce 2,88% para 6,173 euros. A REN sobe 1,82% para 2,80 euros.

Destaque ainda para as acções da Jerónimo Martins, que avançam 1,81% para 12,345 euros. A concorrente Sonae sobe 2,25% para 1,134 euros.

A Nos cresce 1,25% para 7,466 euros. A Pharol valoriza 3,73% para 27,8 cêntimos. Na passada sexta-feira, a Pharol avançou com um processo contra Henrique Granadeiro, Pacheco de Melo e Amílcar Morais Pires. A Deloitte e Zeinal Bava também estarão na lista de futuras acções judiciais.

A Mota-Engil cresce 3,41% para 1,913 euros.

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