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Bolsa nacional regressa ao vermelho pressionada pelo BCP e EDP

Depois de dois dias seguidos em alta, a bolsa lisboeta voltou às perdas numa sessão em que as quedas registadas pelo BCP, pela EDP e pela Nos penalizaram o PSI-20.

Miguel Baltazar/Negócios
06 de Maio de 2016 às 16:44
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O PSI-20 encerrou a sessão desta sexta-feira, 6 de Maio, a perder 0,92% para 4.990,44 pontos, com 14 cotadas em queda, três em alta e uma inalterada, isto numa altura em que os juros da dívida pública seguem em alta na expectativa de que a agência Moody’s se pronuncie acerca do "rating" do país.

 

O principal índice nacional seguiu a tendência predominante nas principais praças do Velho Continente, num dia em que o índice de referência europeu, o Stoxx 600, regressou às perdas penalizado pelas quedas registadas pelos sectores da banca e das telecomunicações.

A marcar a negociação bolsista nos mercados internacionais esteve a divulgação, esta sexta-feira, dos dados mais recentes referentes ao mercado laboral norte-americano. Em Abril a economia dos Estados Unidos criou 160 mil postos de trabalho, o nível mais baixo dos últimos sete meses e que ficou aquém da expectativa dos analistas. 

 

Apesar do sentimento misto verificado pelo sector financeiro nacional na última sessão bolsista desta semana, o BCP acabou por ser a cotada que mais penalizou a bolsa nacional. O banco liderado por Nuno Amado desvalorizou 2,54% para 0,0345 euros, numa sessão em que chegou a negociar em mínimos de 20 de Abril ao tocar nos 0,0342 euros por acção.

 

Já o BPI acabou o dia a somar 0,54% para 1,116 euros, no dia em que o Diário de Notícias escreve que Fernando Ulrich, o presidente executivo do banco, viajou na quinta-feira para Angola a fim de apresentar ao banco central do país a oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelos espanhóis do CaixaBank sobre o BPI. 

Também a pressionar a praça lisboeta esteve a EDP que recuou 1,43% para 3,176 euros, isto depois de na última sessão a eléctrica ter chegado a disparar mais de 5,5% após ter sido divulgado o plano estratégico da cotada.  A empresa liderada por António Mexia revelou ontem a intenção de investir 1.400 milhões de euros a cada ano até 2020 e de aumentar o dividendo aos accionistas em 3%.

Ainda na energia, a EDP Renováveis cedeu 0,80% para 6,856 euros depois de ontem, numa apresentação aos investidores, a cotada liderada por Manso Neto ter anunciado prever aumentar os lucros anuais em 16% até 2020. Também esta quinta-feira, a EDP Renováveis confirmou que vai inaugurar sete novas centrais eólicas nos Estados Unidos.

Já a Galp Energia caminhou em sentido inverso, impedindo uma maior desvalorização da bolsa lisboeta, com a petolífera a somar 0,71% para 12,05 euros, acompanhando a tendência de subida do preço do barril de petróleo que volta a verificar-se esta sexta-feira. Em Londres, o Brent do Mar do Norte, utilizado como valor de referência para as importações nacionais, segue nesta altura a subir 1,78% para 45,81 dólares por barril.

Também em queda negociou a Nos, que deslizou 1,58% para 6,369 euros, a Jerónimo Martins, que perdeu 1,26% para 14,05 euros, e ainda a Sonae, que recuou 1,05% para 0,94 euros.

Nota negativa ainda para a Altri que desvalorizou 0,29% para 3,449 euros no dia seguinte a ter apresentado resultados relativos ao primeiro trimestre deste ano, tendo registado um resultado líquido de 25,1 milhões de euros, que representa um aumento de 13,4% face aos 22,2 milhões registados no período homólogo de 2015. Já esta sexta-feira, os analistas consideraram que os resultados da cotada foram "sólidos".

Por fim, destaque pela positiva para a Corticeira Amorim que apreciou 2,10% para 6,234 euros após esta quinta-feira o CaixaBI ter antecipado que os lucros da empresa aumentem 23,7% nos primeiros três meses de 2016 comparativamente com o resultado líquido de 8,4 milhões de euros alcançado no primeiro trimestre de 2015.


(Notícia actualizada às 17:07)

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