O PSI-20 recua 6,66% para 5.161,83 pontos, com as 20 cotadas em queda, atingindo mínimos de Novembro de 2012. A liderar as perdas da praça portuguesa estão a banca e as energéticas, que acusam a incerteza política que o país vive, após a demissão de Paulo Portas ter deixado o Governo praticamente em ruptura.

Os investidores estão a abandonar os activos portugueses, perante os desenvolvimentos recentes, que colocam o Governo de Passos Coelho numa situação muito difícil, com a maioria dos analistas a anteciparem a queda do Executivo e eleições antecipadas.

O BCP e o BES registam um recuo de 13,98% e 11,93% para 0,08 euros e 0,539 euros, respectivamente. BPI e Banif também estão a acumular grandes perdas, respectivamente, de 13,10% e 21,74% para 0,783 euros e 0,072 euros. O ESFG cai 1,34% para 5,15 euros, sendo uma das três cotadas que cai menos de 4%.

No sector energético, a EDP e a Galp também estão em queda livre, com a empresa liderada por António Mexia a recuar 6,53% para 2,304 euros e 5% para 10,925 euros.

Com quedas percentuais menos notórias, para além do já referido ESFG, só a Jerónimo Martins, que deprecia 3,26% para 15,56 euros e a Semapa, que recua 3,35% para 6,41 euros.

A banca é o sector mais penalizado pela subida da percepção de risco do país, num dia em que os juros da dívida pública portuguesa a 10 anos estão a negociar acima de 7,5%, o valor mais alto desde Dezembro de 2012.

Também em forte queda seguem ainda as acções da Sonae SGPS, com a empresa a descer 6,29%, para 0,656 euros, devido à maior exposição da “holding” de Belmiro de Azevedo ao mercado nacional.

Já nas telecomunicações, a Portugal Telecom cai 6,06%, para 2,743 euros. Já a Sonaecom desce 7,80%, para 1,466 euros e a Zon Multimédia desliza 7,96%, passando despercebida a notícia de que ambas as empresas concordaram com as condições impostas pelo regulador da concorrência para avançar com o processo de fusão da Optimus com a dona da TV Cabo.