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Bolsa nacional cai 5,5% no primeiro trimestre
Condicionado por um início de ano marcado pela forte volatilidade nos mercados, o PSI-20 acumulou uma desvalorização de 5,5% no primeiro trimestre de 2016. O BCP foi a cotada que mais penalizou.
Com uma queda de ligeiramente acima de 2% na sessão bolsista desta quinta-feira, 31 de Março, o PSI-20 elevou para 5,51% o saldo de perdas acumuladas desde o início de 2016.
Depois de ter valorizado mais de 5% entre Outubro e Dezembro de 2016, no primeiro semestre deste ano o principal índice bolsista nacional voltou às perdas no primeiro trimestre de 2016, período que está a ser marcado, de forma geral, por uma forte volatilidade nos mercados internacionais, em especial devido aos sinais de abrandamento da economia global, nomeadamente da China.
A um dia da última sessão desta semana, o PSI-20 registou perdas em seis das 13 semanas de negociação bolsista no primeiro trimestre. Nas restantes sete acumulou valorizações, embora com uma dimensão que não permitiu contrabalançar o volume de perdas verificadas nos restantes períodos semanais.
O PSI-20 tinha encerrado a semana passada com um saldo acumulado positivo, isto depois de cinco semanas consecutivas a acumular desvalorizações. E em termos mensais, a bolsa lisboeta cedeu 4,66% em Janeiro, 5,89% em Fevereiro e, agora em Março, acabou por subir 5,31%.
BCP foi a cotada que mais penalizou o PSI-20 no trimestre
Em destaque pela negativa entre Janeiro e Março de 2016 esteve o BCP, destacando-se como a cotada que mais contribuiu para a desvalorização da praça lisboeta neste período. O banco liderado por Nuno Amado desvalorizou 26,96% no primeiro trimestre deste ano, penalizado não só pelo clima de desconfiança que tem afectado a banca europeia mas também pelo recente anúncio de que o banco pretende avançar com um processo de fusão de 193 acções numa só e que está aberto a receber novos investidores.
No entanto, tal como o PSI-20, também o BCP melhorou a performance em Março, ao alcançar uma valorização mensal de 3,85%, isto depois das quedas de 11,58% e 20,46% registadas em Fevereiro e Janeiro, respectivamente. Ainda assim os últimos dias do BCP no mês de Março foram muito negativos para o banco, que somente nas últimas cinco sessões perdeu um acumulado de 600 milhões de euros.
Já em termos absolutos foi a Pharol a cotada que mais caiu entre Janeiro e Março (-50,55%). Enquanto a Nos (-18,71%) e a Altri (-19,92%) também se destacaram no grupo das cotadas que mais penalizaram a bolsa lisboeta desde o início deste ano.
No pólo oposto encontra-se a Jerónimo Martins e o BPI, tendo a retalhista apreciado 19,84% e o banco somado 14,67% no primeiro trimestre.