A bolsa nacional encerrou em queda esta quinta-feira, 31 de Março, com o PSI-20 a descer 2,05% para 5.020,61 pontos, a maior desvalorização em mais de um mês. Das 18 cotadas que formam o principal índice nacional, 14 fecharam em queda e quatro em alta.

Lisboa liderou as perdas na Europa, numa sessão em que nenhum dos principais mercados bolsistas do Velho Continente escapou ao vermelho. O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, desce 0,97% para 337,86 pontos.

O sector financeiro foi um dos que mais penalizou o desempenho das bolsas, numa altura em que as baixas taxas de juro geram preocupações em torno da rentabilidade dos bancos.

Na bolsa nacional, o BCP e a Galp Energia foram as empresas que mais pressionaram o PSI-20. O banco liderado por Nuno Amado afundou 7,51% para 3,57 cêntimos, completando a quinta sessão consecutiva de perdas.

As acções do BCP têm sido pressionadas pela intenção da gestão de avançar com um processo de fusão de 193 acções numa só e de abrir a porta à entrada de novos accionistas.

O BCP está ainda a estudar a possibilidade de entrar na corrida pelo Novo Banco, algo que os analistas consideram improvável, devido aos obstáculos que a instituição enfrentaria.

Ainda na banca, o BPI perdeu 0,71% para 1,254 euros, numa altura em que se aproxima o prazo-limite (10 de Abril) para o banco reduzir a sua exposição a Angola, como exige o BCE. No entanto, as negociações entre o Caixabank e a Santoro, holding de Isabel dos Santos, ainda não resultaram num acordo. O fundo do Montepio ganhou 0,17% para 58,1 cêntimos.

Já a Galp Energia desvalorizou 3,16% para 11,05 euros, liderando as perdas no sector da energia. A EDP caiu 1,57% para 3,126 euros e a EDP Renováveis desceu 1,03% para 6,71 euros. 

A Nos caiu 1,69% para 5,86 euros e a Pharol recuou 0,74% para 13,4 cêntimos no dia em que o Negócios escreve que a cotada não vai exercer opção de compra das acções da brasileira Oi.

No sector da pasta e do papel, a Portucel desceu 2,79% para 3,20 euros, a Semapa caiu 0,34% para 11,60 euros e a Altri cedeu 2,49% para 3,835 euros depois de ontem a empresa ter comunicado ao regulador a intenção de pagar um novo dividendo de 25 cêntimos, valor que superou a expectativa dos analistas.

(Notícia actualizada às 16:52)