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Bolsa nacional perde menos de 1%

A bolsa de Lisboa continua a negociar em terreno negativo, porém está a abrandar a desvalorização, perdendo menos de 1%. Entre as restantes praças europeias o sentimento é também de perdas.

Miguel Baltazar/Negócios
10 de Novembro de 2015 às 13:39
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A bolsa nacional continua a negociar em terreno negativo. No entanto, está aliviar das perdas já registadas durante a manhã. O PSI-20 desce 0,69% para 5.236,89 pontos, com 12 empresas a caírem, cinco em alta e uma inalterada. Esta evolução tem lugar num dia em que o Parlamento português vai votar moções de rejeição ao Governo liderado por Passos Coelho.

Entre as restantes praças europeias o sentimento é também de perdas, com o principal índice grego a liderar as quedas no Velho Continente, ao recuar 2,44%. Lisboa é a segunda praça que mais desce, seguido do britânico Footsie, que cede 0,44%. O Stoxx 600, o índice de referência e que engloba as 600 empresas mais importantes europeias, cede 0,19%.

Este comportamento tem lugar numa altura em que as empresas ligadas às matérias-primas estão a recuar devido à existência de sinais de um abrandamento económico da China. De acordo com o vice-ministro das Finanças chinês, Zhu Guangyao, a China poderá cumprir a meta para o crescimento económico prevista pelo Governo, de "cerca de 7%", disse esta terça-feira, assegurando que até 2020 o país crescerá 6,5% ao ano. "Temos a confiança e a capacidade para melhorar a qualidade e eficiência da nossa economia, e ao mesmo tempo cumprir com o objectivo para este ano", disse Zhu. O responsável chinês reconheceu que a economia do "gigante" asiático enfrenta desafios, como problemas de "capacidade excessiva de produção", salvaguardando que o Governo vai trabalhar na transição para um modelo "mais equilibrado, inclusivo e sustentável".

Além disso, os investidores continuam a tentar perceber quando é que a Reserva Federal dos Estados Unidos vai subir as taxas de juro.

Na bolsa de Lisboa, destaque pela negativa para os títulos da Jerónimo Martins e dos CTT. A retalhista liderada por Pedro Soares dos Santos recua 1,50% para 12,765 euros. Ainda neste sector, a Sonae desce 2,65% para 1,029 euros.

Os CTT perdem 1,98% para 8,92 euros.

Na banca, o BCP desvaloriza 0,21% para 4,76 cêntimos, o BPI, por outro lado, sobe 1,66% para 1,039 euros, depois ter já recuado mais de 1,5% na sessão desta terça-feira. O Banif cai 8% para 0,23 cêntimos. A banca nacional tem sido um dos sectores mais penalizados pela incerteza política.

Na energia, a Galp Energia desce 0,10% para 9,917 euros isto depois de ter anunciado, ontem, que aumentou para 99,93% a sua posição na Setgás, que opera a rede de distribuição de gás natural em média e baixa pressão na região de Setúbal.

A EDP perde 0,68% para 3,228 euros. Numa nota de análise a que o Negócios teve acesso, o BPI defende que o programa do PS "parece trazer de volta alguns riscos" para a EDP.

A EDP Renováveis desliza 0,29% para 6,283 euros. A REN soma 0,23% para 2,619 euros.

No sector da pasta e do papel, a Altri soma 1,01% para 5,01 euros. A empresa tocou em máximos históricos na sessão de ontem ao negociar nos 5,044 euros. A Portucel avança 1,59% para 3,774 euros e a Semapa desvaloriza 0,88% para 12,41 euros.

A Impresa perde 5,01% para 55 cêntimos tendo, nesta sessão, negociado nos 54 cêntimos – mínimo de Abril 2013.
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