O PSI-20 desce 0,82% para 6.415,30 pontos, com cinco cotadas a negociar em alta e 14 em queda. A praça lisboeta acompanha a generalidade das principais praças europeias que também estão a negociar em terreno negativo, excepção feita ao britânico Footsie que soma 0,22%.

É o sector financeiro que mais está a condicionar o comportamento da bolsa nacional, com destaque para o BES que segue agora a desvalorizar 8,29% para 0,398 euros. O banco liderado por Vítor Bento regressa ao avolumar de perdas no dia seguinte ao Expresso Diário ter noticiado que o banco deverá apresentar um prejuízo de cerca de três mil milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano.

Caso se confirme este montante, o BES poderá ter de recorrer a um novo aumento de capital dado que a almofada financeira de que dispõe, segundo o próprio banco, é de 2,1 mil milhões de euros. O Banco de Portugal apressou-se, no entanto, a tranquilizar sobre a eventual insuficiência de capital do BES. "Em todo o caso, a solvência do BES e a segurança dos fundos confiados ao banco estão asseguradas", assegurou a entidade liderada por Carlos Costa.

Ainda no sector da banca o BCP cai 1,99% para 0,1135 euros, depois de esta segunda-feira ter apresentado prejuízos de 62 milhões de euros no primeiro semestre. Ainda assim e apesar de receios perante a "instabilidade" criada pelo BES, Nuno Amado, líder do banco, garante que "2015 será um ano completamente diferente".

Já o BPI e o Banif seguem a deslizar 1,17% e 1,04% para 1,525 euros e 0,0095 euros, respectivamente. O banco madeirense comunicou esta segunda-feira à CMVM que a filha de Horácio Roque, Maria Teresa Henriques da Silva Moura Roque, e Nuno José Roquette Teixeira vão sair da administração do banco.

Também a contribuir para a queda da bolsa está a PT a cair 1,76% para 1,727 euros no dia seguinte à operadora de telecomunicações ter comunicado à CMVM que a PT SGPS irá manter-se cotada com a dívida da Rioforte e com a opção de compra de títulos da brasileira Oi.

Também nas telecomunicações a Nos desce 0,84% para 4,462 euros.

O grupo EDP também está a penalizar a praça lisboeta, com a EDP a perder 1% para 3,576 euros e a EDP Renováveis a desvalorizar 1,21% para 5,633 euros. Ainda na energia e a contrariar está a Galp que soma 0,63% para 13,525 euros, numa altura em que a petrolífera portuguesa avançou para a compra de centrais de gás liquefeito em Moçambique. 

Outra cotada que segue a condicionar a bolsa nacional é a Teixeira Duarte que perde 3,15% para 0,80 euros. Também no sector da construção, a Mota-Engil contraria o sentimento dominante e avança 1,23% para 5,021 euros após ter assegurado obras na América Latina no valor de 355 milhões de euros.