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Bolsa nacional dispara mais de 6,5% em Julho

O PSI-20 terminou a semana com uma subida superior a 6,5%, a maior desde Outubro passado. É também o melhor mês de Julho desde 1997. Pharol e Altri registaram as maiores valorizações em Julho.

Bloomberg
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Ao acumular a terceira semana consecutiva a negociar em alta, o PSI-20 fechou o mês de Julho a valorizar 6,60%, a maior subida mensal desde que em Outubro de 2015 o principal índice nacional somou acima de 8%. Depois das quedas em Maio (-1,87%) e em Junho (-10,17), a praça lisboeta conseguiu já mais do que anular os efeitos decorrentes da vitória do Brexit no referendo britânico, evento que contribuiu decisivamente para a acentuada queda verificada no mês passado.

 

Por outro lado, a performance do PSI-20 no presente mês foi também a melhor registada nos meses de Julho em quase 20 anos, só superada pela subida de 9,52% obtida em Julho de 1997. Com um avanço de 1,42% na sessão bolsista desta sexta-feira, a bolsa lisboeta fechou a semana com uma subida de 2,09%.

O principal índice nacional acabou assim por se destacar entre as congéneres europeias, num mês em que o índice de referência europeu - o Stoxx 600, que agrega as 600 maiores cotadas do Velho Continente - ganhou 3,64%, recuperando também parte das perdas acumuladas em Junho (-5,06%). Assim o PSI-20 valorizou o dobro do Stoxx 600 em Julho.

 

Ao longo de Julho a Pharol foi a cotada que mais subiu, tendo valorizado 70,48%, seguindo-se a Altri (+19,02%), a Mota-Engil (+15,95%) e a Semapa (+12,30%). Com subidas superiores a 10% em Julho estiveram ainda a EDP e a Navigator.

 

Das 18 cotadas que integram o PSI-20 apenas duas acumularam um saldo mensal negativo. O Montepio Geral perdeu 6,13% e a Sonae recuou 4,26%. Já a Corticeira Amorim fechou Julho com uma variação praticamente nula, ao somar ligeiros 0,06%.

 

As turbulentas águas de Junho deram assim lugar a um mês de Julho com "bandeira verde". Se o Brexit veio agitar as águas no mês passado, primeiro pela incerteza quanto ao resultado do referendo de 23 de Junho, e depois devido à própria vitória da saída da UE, Julho marcou o regresso à normalidade.

 

A contribuir para um maior optimismo dos investidores esteve a garantia dos bancos centrais de que estão disponíveis para continuar, se necessário, a reforçar as políticas de estímulo económico. O Banco do Japão confirmou esta sexta-feira as expectativas ao anunciar um reforço das políticas de "quantitative easing", enquanto o Banco Central Europeu (BCE) já garantiu que poderá incrementar as políticas de apoio à economia se a inflação e o crescimento na Zona Euro teimarem em não descolar.

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