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Bolsa nacional desliza 2% com todas as cotadas em queda
A praça portuguesa é a que mais desvaloriza entre as congéneres europeias, pressionada sobretudo pelas cotadas do sector do retalho, que perdem quase 3%. A Mota-Engil desvaloriza mais de 4% antes de apresentar os resultados do ano passado.
A bolsa nacional, que iniciou a sessão com uma queda ligeira, intensificou as perdas durante a manhã, seguindo o PSI-20 a desvalorizar nesta altura 1,97% para 6.170,68 pontos. Nenhuma das 18 cotadas do índice escapa ao sinal vermelho.
A praça portuguesa lidera as perdas na Europa, numa altura em que os investidores estão a incorporar os resultadas das empresas pressionando os principais índices. Só a bolsa de Atenas negoceia com sinal positivo, valorizando 14%.
Na bolsa nacional, um dos sectores que mais pressiona o PSI-20 é o retalho, com a Jerónimo Martins a perder 2,88% para 11,955 euros e a Sonae a deslizar 2,74% para 1,421 euros.
Na energia, a maior queda é protagonizada pela EDP Renováveis, que desliza 2,33% para 6,37 euros, enquanto a EDP cai 1,83% para 3,64 euros. A EDP, através da EDP Finance, está no mercado a realizar uma emissão de dívida a 10 anos, em que o juro associado deverá rondar os 2,1%.
Ainda na energia, a REN perde 0,84% para 2,836 euros enquanto a Galp Energia cai 0,24% para 12,335 euros, no dia em que Ferreira de Oliveira sai da liderança da empresa para dar lugar ao novo CEO Carlos Gomes da Silva.
Na banca, destaque para o BCP, que recua 2,56% para 8,77 cêntimos. O BPI cai 0,95% para 1,454 euros e o Banif recua 1,37% para 0,72 cêntimos.
A Mota-Engil, que amanhã apresenta os resultados referentes a 2014, perde 4,14% para 3,29 euros. A empresa liderada por Gonçalo Moura Martins deverá reportar uma queda de 21% dos lucros em 2014, para 40 milhões de euros, contra 51 milhões no ano precedente. A penalizar estarão as perdas da Martifer, detida a 37,5% pela Mota-Engil.
Com uma queda mais ligeira segue a congénere da construção, a Teixeira Duarte, que recua 0,39% para 76,6 cêntimos depois de, esta manhã, ter apresentado os resultados relativos ao ano passado. A construtora registou, em 2014, um lucro de 70,28 milhões de euros, uma melhoria de 9,9% face aos 63,9 milhões de euros registados no ano anterior.