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Bolsa nacional termina Março com melhor trimestre em dois anos

A praça lisboeta valorizou mais de 7% no primeiro trimestre deste ano, o melhor ciclo de três meses em precisamente dois anos, já que é a maior valorização trimestral desde os primeiros três meses de 2015. Também em termos mensais, o PSI-20 chega ao fim de Março com o melhor mês desde Outubro de 2015.

Bruno Simão/Negócios
31 de Março de 2017 às 17:31
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Depois de fechar a sessão desta sexta-feira, 31 de Março, a valorizar acima de meio por cento, o PSI-20 terminou o primeiro trimestre de 2017 com o melhor desempenho trimestral em dois anos. Entre Janeiro e Março, a praça lisboeta acumulou uma subida de 7,02%, o melhor registo desde a valorização conseguida pelo principal índice nacional desde o primeiro trimestre de 2015, período em que garantiu uma subida acumulada superior a 24%.

 

Entre as 19 cotadas que integram o PSI-20, foi a Pharol (+81,64%) que melhor registo conseguiu neste trimestre, isto numa altura em que a brasileira Oi já definiu o novo plano de recuperação que, entre outras medidas, prevê a conversão de capital e a emissão de obrigações. A Pharol detém uma participação de 27% no capital da operadora de telecomunicações brasileira.

 

Com quase todas as cotadas no verde em 2017, apenas os CTT (-20,53%), a Nos (-9,73%) e a Caixa Económica Montepio Geral (-0,24%) estão no vermelho quando considerados os três primeiros meses deste ano.

 

Depois da desvalorização (-4,36%) registada em Janeiro – mês em que a bolsa lisboeta não acompanhou o optimismo das bolsas mundiais, em concreto das europeias, decorrentes das expectativas positivas em relação ao plano de investimentos públicos e cortes de impostos propostos pelo presidente americano, Donald Trump, o PSI-20 subiu quase 4% em Fevereiro e agora perto de 8% em Março, destacando-se entre as principais congéneres do Velho Continente.

 

Também os ganhos acumulados em Março pelo PSI-20 merecem destaque, com a bolsa nacional a somar 7,74% no mês que agora termina, a melhor variação desde a subida superior a 8% conseguida em Outubro de 2015.

 

Em Março as maiores subidas foram conseguidas pelo BCP (+23,33%), Mota-Engil (+13,75%), e o grupo EDP (EDP cresceu 12,99% e a EDP Renováveis somou 9,36%).

 

Foi um período de ganhos em que o BCP recuperou por completo as perdas acumuladas na sequência do aumento de capital (num montante de 1,33 mil milhões de euros) da instituição, uma operação em que os títulos do banco liderado por Nuno Amado estiveram sob forte pressão numa altura em que as acções eram negociadas em simultâneo com os direitos de subscrição do referido aumento de capital.

 

A s acções do BCP chegam ao final de Março com uma cotação de 19,61 cêntimos, mais do dobro do que os 9,4 cêntimos pagos por acção pelos accionistas que decidiram subscrever novos títulos no aumento de capital.

 

Nota ainda para o grupo EDP, que esta semana conseguiu importantes ganhos em bolsa, já depois de na segunda-feira a eléctrica liderada por António Mexia ter anunciado o lançamento de uma OPA sobre a sua subsidiária. 

A semana que agora encerra foi também de forte valorização para a bolsa lisboeta, que somou 7,09%, a maior subida semanal desde a semana finda a 16 de Janeiro de 2015, o que permitiu ao PSI-20 superar a marca dos 5 mil pontos pela primeira vez em 10 meses. Nas últimas cinco sessões as cotadas "estrela" foram o BCP, a EDP Renováveis e a EDP, com avanços de 13,88%, 11,79%, e 8,73%, respectivamente. 

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