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Bolsa nacional prolonga ganhos com subida de 7% da Galp a dar força

Pelo segundo dia consecutivo, a praça lisboeta consegue registar ganhos à boleia do sentimento global positivo, em torno da vacina anti coronavírus. A Galp e o BCP continuam a destacar-se.

A bolsa portuguesa tem sido incapaz de atrair novas empresas para o mercado de capitais português.
Miguel Baltazar
10 de Novembro de 2020 às 16:40
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O índice PSI-20 terminou a sessão desta terça-feira a ganhar 1% para os 4.264,82 pontos, acompanhando o ritmo registado nas congéneres europeias, num dia em que o otimismo sobre a vacina contra o coronavírus permanece, mas de forma mais contida. Ainda assim, a bolsa nacional conseguiu atingir máximos de um mês.

As ações da Galp Energia foram as que mais subiram (+7,43%), levando a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva a um máximo desde o passado dia 17 de setembro, nos 8,879 euros por ação. Com esta valorização diária, a petrolífera portuguesa foi a quarta melhor empresa do dia no setor das petrolíferas europeias, atrás da Repsol (+12%), da OMV (+9,8%) e da Rubis (+7,5%).

O mercado petrolífero no geral - um dos mais afetados pela atual pandemia, que provocou golpes robustos na procura pela matéria-prima - continua entusiasmado, depois da Pfizer ter anunciado que a vacina que desenvolveu com a BioNTech mostrava sucesso de 90% na prevenção face ao coronavírus. Hoje, o barril de Brent ganhou mais 2%, depois de ter escalado cerca de 10% na sessão anterior.

Para além da Galp, também o Banco Comercial Português prolongou a sua prestação positiva pelo segundo dia consecutivo. Hoje, o banco liderado por Miguel Maya valorizou 4,31% para os 9,44 cêntimos - mas chegou a disparar mais de 9% - num dia em que o setor da banca na Europa voltou a valorizar mais de 4%.

Neil Watson, analista no Markets.com citado pela Bloomberg, diz que a notícia sobre a vacina fez subir as taxas de juro, o que vai representar "uma diferença significativa" nas margens de lucro líquidas dos bancos, para além de ajudar a limitar as imparidades no crédito que o setor atravessa.

No resto da praça portuguesa, que hoje contou com mais cotadas em queda (9), do que em alta (8), os ganhos registaram-se também em empresas como a Sonae (+4,57%), ou a Nos (+3,24%). Já no setor da energia, a EDP e a EDP Renováveis não foram além de desvalorizações em torno dos 1,5%.
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