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Bolsa de Lisboa avalia destino do BPI no PSI-20 esta quarta-feira
A Euronext Lisbon ainda não decidiu se o Banco BPI vai continuar cotado no índice PSI-20. A permanência na bolsa é uma intenção do CaixaBank.
A Bolsa de Lisboa avalia esta quarta-feira, 8 de Fevereiro, o destino do Banco BPI no principal índice da Bolsa de Lisboa. Só 15,49% do capital do banco não passou para as mãos do CaixaBank no âmbito da oferta pública de aquisição (OPA) cujos resultados foram anunciados esta quarta-feira.
"A constituição do PSI-20 vai ser avaliada no final desta operação", disse Maria João Carioca, presidente da Euronext Lisbon que está de saída para a Caixa Geral de Depósitos, na sessão de apuramento de resultados. A reunião ocorre hoje e a decisão será divulgada. Esta quarta-feira, também haverá uma conferência de imprensa conjunta do BPI e do CaixaBank, pelo que a Euronext não avança com uma posição antes disso.
Antes da OPA, o CaixaBank tinha 45,5% do BPI, sendo que havia outros accionistas maioritários, sendo que estava disperso por investidores sem participação qualificada cerca de 22,5% do capital do banco.
Agora, com a operação concretizada, o CaixaBank fica com 84,52% e o capital disperso é de 15,49%. Não se sabe se accionistas com posição qualificada ficaram no banco – sabe-se apenas que Isabel dos Santos, com a Santoro, e o Grupo Violas, alienaram as suas participações.
Segundo Maria João Carioca, esta foi uma "operação de relevo, de dimensão significativa". "Entendemos ter um papel relevante na vida corporativa destas organizações", continuou, desdramatizando o esvaziamento da bolsa de Lisboa caso haja a saída do BPI do PSI-20.
PSI-20 pode ter 17 cotadas
Se na reunião a Euronext decidir-se pela exclusão do banco daquele índice, pelo reduzido capital disperso, o PSI-20 poderá voltar a ter 17 empresas. Não haverá uma substituição directa.
No final de Fevereiro será anunciada a revisão do PSI-20 e, se for caso disso, o eventual substituto do banco no índice.
Mesmo saindo do PSI-20, o BPI continuará cotado em bolsa. Essa foi a "intenção" assumida pelo CaixaBank, que disse que "pretendia manter as acções" do banco "admitidas em mercado regulamentado na sequência da oferta".
Segundo o Código de Valores Mobiliários, seria necessário que o CaixaBank obtivesse 90% dos direitos de voto do BPI e 90% dos direitos de voto do BPI sob oferta. Ora, os catalães conseguiram 84,52% dos direitos de voto do BPI e 71,59% dos direitos de voto que estavam sob oferta.