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Biotecnologias e matérias-primas pressionam Wall Street

Os principais mercados accionistas norte-americanos fecharam em baixa, penalizados por um forte movimento de vendas nos títulos ligados às biotecnologias e às "commodities". O índice S&P 500 perde quase 9% no trimestre.

Bloomberg
28 de Setembro de 2015 às 22:08
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O Dow Jones encerrou a recuar 1,92% para 16.001,89 pontos e o Standard & Poor’s 500 cedeu 2,6% para 1.881,85 pontos.

 

Foi a quinta sessão consecutiva de perdas para o S&P 500, que está agora a negociar no nível mais baixo de um mês. O índice está a perder 8,8% no acumulado do terceiro trimestre, a caminho da pior queda desde 2011. Neste momento, está quase 12% abaixo do máximo histórico atingido em Maio passado.

 

O índice tecnológico Nasdaq Composite, por seu lado, caiu 3,04%, para se fixar nos 4.543,96 pontos.

 

"Estamos num mercado caótico, há imensa volatilidade e não se está a progredir para uma direcção, seja ela qual for", comentou à Bloomnberg um gestor da Boston Advisors LLC, James Gaul. "Os resultados das empresas vão ser bastante importantes este trimestre, tendo em conta o contexto macroeconómico e os receios gerais a nível global, bem como as preocupações em torno da subida dos juros por parte da Reserva Federal norte-americana", acrescentou.

 

Os mercados accionistas do outro lado do Atlântico estiveram a ser sobretudo castigados pelo mau desempenho dos sectores das biotecnologias e das matérias-primas.

 

Entre as "commodities", destaque para o mau desempenho da energia, com incidência no petróleo, cujas cotações estiveram hoje em forte queda nos principais mercados internacionais.

 

Quanto às biotecnologias, o índice Nasdaq Biotech entrou na passada sexta-feira no chamado "bear market" (mercado urso - ), naquela que foi a pior queda semanal dos últimos quatro anos.

 

Esta derrocada nas biotecnologias foi desencadeada por uma mensagem de Hillary Clinton (pré-candidata presidencial pelos democratas às eleições presidenciais de Novembro do próximo ano nos EUA) na sua conta de Twitter, sugerindo que poderia haver "manipulação de preços" no mercado farmacêutico relativamente à prescrição de medicamentos. Isto devido ao forte aumento do preço de um medicamento para o tratamento da toxoplasmose, de 13,5 para 750 dólares. A decisão gerou uma onda de protesto, ampliada por Hillary Clinton, e o presidente da Turing Pharmaceuticals disse entretanto que iria baixar de novo o preço do fármaco. 

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