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BESI recomenda "comprar" EDP para aproveitar recuperação do consumo

O BESI elevou a recomendação da eléctrica de "manter" para "comprar" devido ao aumento da procura interna em Portugal. Analistas antecipam ligeira queda nos lucros de 2013 para 984 milhões de euros. EDP apresenta resultados esta quinta-feira, após o fecho do mercado.

25 de Fevereiro de 2014 às 11:46
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O BES Investimento passou a recomendação da EDP de "manter" para "comprar", após ter actualizado a avaliação das acções para o final de 2014. O justo-valor que o banco atribui aos títulos é de 3,35 euros, revisto em alta dos 2,50 euros em vigor até ao final do último ano.

 

A nota de análise assinada pelo analista Felipe Echevarria diz que o banco de investimento está optimista para a evolução do consumo de electricidade no mercado interno e acredita que as acções da eléctrica portuguesa vão beneficiar dessa melhoria.

 

"A nossa revisão em alta resulta de uma alteração positiva nos dados do consumo de electricidade no mercado interno que começou no Verão", lê-se na nota de análise do BESI. Os dados do consumo superaram as previsões do banco, levando-o a reverter o corte das previsões que fizera anteriormente.

 

A diminuição dos juros da dívida portuguesa também tem um impacto positivo na avaliação, já que permite reduzir o custo ponderado do capital próprio utilizado para actualizar o valor dos resultados futuros em 32 pontos base (0,32 pontos percentuais).

 

Além disso, o BESI salienta o esforço "muito agressivo" de redução do endividamento que prevê previsto levar a cabo em simultâneo com a política de dividendos, que está entre as mais generosas do sector. O dividendo previsto até 2015 confere uma taxa de retorno do dividendo de 6,3% às acções, o que está entre as melhores do sector, lê-se na nota de “research”.

 

A companhia eléctrica prevê reduzir o endividamento líquido para menos de três vezes o resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações previsto em 2015. "Apesar das alterações à regulação, acreditamos que a EDP se está a aproximar do objectivo", diz o BESI.

 

Millennium sobe preço-alvo para 3,10 euros

 

Já o Millennium IB também alterou o preço-alvo da EDP em 20 cêntimos para 3,10 euros, com a alteração do custo de capital mais do que compensou as estimativas mais baixas. A recomendação é “neutral”.

 

“A EDP está a entrar numa fase diferente e, lentamente, todas as peças vão encaixando”, diz a analista Vanda Mesquita do Millennium IB. “O ‘free cash flow’ (atribuível aos accionistas) deverá ser positivo em 2013 e melhorar nos próximos anos”, explica o banco, que também prevê uma redução do endividamento.

 

A alienação de activos à China Three Gorges e a melhoria da geração de “cash flow” “vai ajudar a empresa a seguir a estratégia de redução do endividamento”, conclui o banco de investimento, que prevê uma redução de quatro mil milhões de euros até 2017.

 

 

Lucros da EDP poderão recuar para 984 milhões de euros

 

O resultado líquido da eléctrica portuguesa poderá recuar 4% face ao ano anterior para 984 milhões de euros, em 2013, segundo a média das estimativas de seis casas de investimento. Duas destas, Caixa BI e BESI, foram recolhidas pelo Negócios, ao passo que as outras quatro são compiladas pela Bloomberg (a EDP apresenta resultados na próxima quinta-feira, 27 de Fevereiro, após o fecho do mercado).

 

As acções da EDP seguem a valorizar 0,63% para 3,041 euros por acção e a avaliação do BESI confere um potencial de valorização às acções de 10,2%. Este ano, a eléctrica vai ainda distribuir um dividendo de 0,185 euros, ou 6,1% da actual cotação.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

 

(Correcção: Valor do dividendo foi corrigido de 19 para 18,5 cêntimos. Taxa de retorno do dividendo corrigida de 6,2% para 6,1%)

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