A Bolsa de Valores de Lisboa e Porto (BVLP) desvalorizava, com as empresas de telecomunicações, media e tecnologia (TMT) e Banco Espírito Santo (BES) a liderarem as perdas. O PSI20 seguia as perdas dos congéneres europeus, recuando 0,78%, enquanto o PSI30 quebrava 0,77%.

O índice de referência da BVLP, o PSI20 [PSI20], quebrava para os 7.826,30 pontos, enquanto o PSI30 recuava para os 3.713,56 pontos.

«A Bolsa nacional está a seguir as perdas das restantes praças europeias, arrastada por TMT e BES, que está a reflectir o anúncio do aumento de capital», disse um operador ao Negocios.pt. O BES anunciou ontem esta operação, que visa o reforço do crescimento orgânico, pedindo aos seus accionistas que injectem 550 milhões de euros (110,26 milhões de contos) no banco através de uma subscrição reservada. Os detentores de acções do BES também receberão um novo título por cada quatro detidos. Os seus títulos [BESNN] quebravam 4,07% para os 14,15 euros (2.837 escudos)

«Neste momento, qualquer aumento de capital não é muito bem encarado pelos accionistas», acrescentou a mesma fonte.

A Portugal Telecom [PLTM] perdia 0,91% para os 8,69 euros (1.742 escudos), enquanto a Telefónica caía 1,48% na Bolsa de Madrid.

A PT Multimédia [PTM] recuava 1,45% para os 8,18 euros (1.640 escudos) e a PTM.com [PTD] perdia 2,73% para os 2,14 euros (429 escudos), enquanto a Sonae.com [SNC] quebrava 1,82% para os 3,24 euros (650 escudos).

O BPI [BPIN], que poderá vender a sua participação de 10% na Brisa [BRISA], recuava 0,83% para os 2,40 euros (481 escudos), enquanto as acções da concessionária de auto-estradas quebravam 0,31% para os 9,56 euros (1.917 escudos).

Pedro Mello, administrador do Grupo Mello, principal accionista da Brisa, confirmou hoje ao Negocios.pt que fez uma proposta formal ao BPI, para comprar 5% da sua posição na Brisa, sendo que «não considera interessante» aumentar a sua participação na concessionária de auto-estradas em mais 10%.

A Corticeira Amorim [COR] subiu 1,08% para os 0,96 euros (192 escudos), com mais de 229 mil títulos negociados, depois de no início da sessão ter transaccionado um lote de 180 mil acções preço de 0,94 euros (188 escudos).

A Novabase [NBA] quebrava 4,51% para os 7,84 euros (1.572 escudos), depois da Schroder Salomon Smith Barney ter revisto em baixa o «preço alvo» de 12,4 euros (2.486 escudos) para 10 euros (2.005 escudos).

A Electricidade de Portugal [EDP] cotava inalterada nos 2,55 euros (511 escudos). Segundo o jornal espanhol «Expansion», a CajAstur, que participa com a eléctrica portuguesa na Hidrocantábrico, está a liderar um grupo de entidades financeiras com vista a adquirir 5% do capital da EDP.

A Semapa [SEMA] ganhava 0,24% para os 4,21 euros (844 escudos), enquanto a Cimpor [CIMP] crescia 1,08% para os 18,75 euros (3.759 escudos). A cimenteira liderada por Queiroz Pereira anunciou que a Cimpor adquiriu em Bolsa 2,02% do seu capital social, num investimento que terá superado os 9,5 milhões de euros (1,9 milhões de contos).

Na Bolsa de Paris, o CAC [CAC] caía 1,901% para os 4.553,54 pontos, com a petrolífera Total Fina Elf a perder 2,54% para os 146,10 euros (escudos), depois da Rússia ter anunciado que vai reduzir a sua produção diária de petróleo em 50 mil barris, ficando abaixo dos 200 previstos pelo mercado.

Em Londres, o FTSE [UKX] marcava 5.240,10 pontos, a recuar 1,98%. A British Petroleum caía 3,83% e o maior operador móvel do mundo, a Vodafone, desvalorizava 1,90%.

O IBEX [IBEX] madrileno desvalorizava 0,38% para os 8.473,70 pontos. A Telefónica recuava 1,48% para os 15,35 euros (3.077 escudos).

Na Bolsa de Amesterdão, o AEX [AEX] caía 0,71% para os 501.73 pontos, com a Royal Dutch Petroleum, que detém 60% do grupo petrolífero Dutch/Shell, a desvalorizar 3,26% para os 54,95 euros (11.016 escudos).

Em Frankfurt, o DAX [DAX] perdia 1,48% para os 5.048,70 pontos. A Deutsche Telekom caía 3,03% para os 18,88 euros (3.785 escudos), enquanto a Siemens deslizava 0,46% para os 67,15 euros (13.462 escudos).