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BCP e Galp levam PSI-20 a perder quase 1%
A bolsa nacional acompanha a tendência negativa das principais praças europeias, pressionada pelo BCP e pela Galp Energia. Na Europa esta é a quarta sessão consecutiva de perdas.
A bolsa nacional negoceia em queda esta quinta-feira, 24 de Março, pela segunda sessão consecutiva, com o PSI-20 a descer 0,8% para 5.112,59 pontos. Das 18 cotadas que formam o principal índice nacional, 11 estão em queda e sete em alta.
Na Europa, os mercados bolsistas seguem com sinal vermelho pelo quarto dia, nesta que é a última sessão da semana. Amanhã, devido à comemoração da sexta-feira santa, os mercados europeus e norte-americanos estarão encerrados.
O sector das matérias-primas e da energia é o que mais penaliza as bolsas, numa altura em que o petróleo está a registar perdas em torno de 2% nos mercados internacionais. O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, desliza 1,13% para 336,24 pontos.
Na bolsa nacional, a Galp Energia e o BCP são as empresas que mais pressionam. A petrolífera acompanha a tendência dos preços do ouro negro com uma descida de 1,76% para 10,855 euros. Ainda neste sector, a EDP cai 0,33% para 3,046 euros, a EDP Renováveis recua 1% para 6,797 euros e a REN ganha uns ligeiros 0,11% para 2,858 euros.
Já as acções do BCP descem 1,58% para 4,37 cêntimos, numa altura em que a instituição está em negociações exclusivas com o fundo britânico Cabot Square para a venda do ActivoBank.
"No seguimento do processo de avaliação de cenários estratégicos que promovam a valorização do ActivoBank, foi tomada a decisão de seleccionar a Cabot Square Capital LLP, uma entidade gestora de fundos ‘private equity’ com cerca de 1.000 milhões de euros sob gestão, para uma fase de negociações com carácter de exclusividade", informou o banco liderado por Nuno Amado, num comunicado à CMVM.
No restante sector, o fundo do Montepio sobe 1,38% para 58,8 cêntimos e o BPI soma 0,15% para 1,302 euros.
A pressionar o PSI-20 estão ainda as cotadas do sector do retalho, com a Sonae a cair 1,54% para 1,022 euros e a Jerónimo Martins a perder 0,85% para 14,07 euros, depois de ter atingido, na sessão de ontem, o valor mais alto desde Dezembro de 2013 (14,335 euros).
Do lado das subidas, destacam-se a Portucel e a Semapa, que anunciaram ontem dividendos.
A Portucel propôs a distribuição de um dividendo de 15,9 cêntimos por acção, referente aos resultados obtidos em 2015 e que ainda não foram distribuídos. Além deste valor, a principal accionista da empresa, a Semapa, propôs que fossem distribuídos mais 7,81 cêntimos referentes a reservas livres. No total, o dividendo ilíquido por acção será de 23,7 cêntimos, o que implica o pagamento de uma remuneração de 170 milhões de euros. Os títulos da papeleira sobem 1,8% para 3,329 euros.
Já a Semapa ganha 1,14% para 11,515 euros depois de ter convado os accionistas para uma reunião magna no dia 20 de Abril, onde será apresentada a proposta de um dividendo de 32,9 cêntimos.