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BCP acumula queda de 9% em três dias

Depois de uma série de cinco dias a valorizar, o banco liderado por Nuno Amado regista já a terceira sessão consecutiva a negociar em terreno negativo. Depois de perder mais de 5,5% na segunda-feira, o BCP segue a cair mais de 2%.

Bruno Simão/Negócios
19 de Abril de 2016 às 12:34
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O BCP segue a ceder 1,98% para 0,0346 euros na sessão bolsista desta terça-feira, 19 de Abril, naquele que é já o terceiro dia consecutivo em que o banco liderado por Nuno Amado negoceia em terreno negativo.

 

Depois de na sexta-feira da semana passada ter caído 2,13%, interrompendo assim uma série de cinco sessões consecutivas a valorizar, o BCP perdeu 5,52% na primeira sessão desta semana. E depois de na semana passada ter acumulado uma subida de 13,26%, a tendência de perdas mantém-se esta terça-feira, numa sessão em que o BCP já esteve a recuar mais de 3%.

 

Nesta altura já trocaram de mãos mais de 117 milhões de títulos accionistas do maior banco comercial privado português, valor que compara com a média diária dos últimos seis meses que é superior a 312,7 milhões de acções. Desde o início do ano, a instituição liderada por Nuno Amado já perdeu mais de 29% do seu valor em bolsa.

 

Depois de a queda registada na sexta-feira passada se ter devido essencialmente ao ajustar face aos ganhos acumulados nas sessões anteriores, o anúncio, feito este fim-de-semana, do fracasso nas negociações entre a empresária angolana Isabel dos Santos e os espanhóis do CaixaBank estará a penalizar os títulos do BCP.

 

Mas se as conversações entre Isabel dos Santos e o CaixaBank diziam respeito a uma tentativa de resolução do problema relacionado com a excessiva exposição do BPI ao mercado angolano, a ruptura negocial também parece estar a penalizar o BCP, isto porque ao não se "libertar" da sua ligação ao BPI perde força a especulação em torno da possibilidade de a filha do presidente de Angola entrar no capital do banco liderado por Nuno Amado.

 

"Os investidores acreditavam que após a resolução da estrutura accionista do BPI poderia existir espaço e agenda para um cenário de ‘fusões & aquisições’ no sector bancário português e que envolvesse o Millennium-BCP", considera João Queiroz, responsável pela sala de mercados da GoBulling. E acrescenta que "poderia ter alguma lógica reconfigurar a actual participação da Sonangol".

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