Notícia
BCP afunda mais de 8% no segundo dia após fusão de acções
Depois de terem perdido mais de 2,5% na sessão de ontem, os títulos do BCP continuam a afundar em bolsa, no segundo dia de negociação após a fusão dos títulos.
É mais uma sessão de perdas para o BCP, que concretizou, no arranque desta semana, a fusão de acções. Os títulos afundam 7,28% para 1,21 euros, depois de terem chegado a desvalorizar um máximo de 8,35%, esta manhã, para negociarem em 1,196 euros.
Esta é a segunda sessão consecutiva de perdas para o Banco Comercial Português, que deslizou 2,66% na segunda-feira, dia em que as acções foram agrupadas em blocos de 75 – ou seja, cada grupo de 75 títulos passou a ser apenas uma acção.
Os accionistas que ficaram com acções restantes nas suas carteiras – até um máximo de 74 – vão receber uma contrapartida de 2,57 cêntimos por cada um desses antigos títulos do BCP.
Esses títulos serão então adquiridos pelo banco que os vai promover no mercado por conta dos titulares (mas sem quaisquer encargos para estes). Esse dinheiro deverá chegar aos accionistas, acredita a instituição financeira, até 8 de Novembro.
O calendário para esta operação foi conhecido no final do mês passado, na mesma altura em que a instituição informou que iria dar seguimento às negociações exclusivas com a Fosun, o grupo chinês que quer entrar no capital do BCP.
A realização da fusão de acções era uma das condições impostas pelo grupo - dono da Fidelidade e da Luz Saúde - para concretizar o investimento.
Para que esta operação pudesse avançar, foi necessária uma alteração ao Código de Valores Mobiliários para que houvesse enquadramento jurídico para um reagrupamento de acções sem que o capital social fosse reduzido. O Governo promoveu essa alteração, que teve aceitação por parte do Presidente da República em menos de 48 horas.