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BCP afunda mais de 5% para mínimos de 2017

O banco liderado por Miguel Maya já perde 13% em quatro sessões e mais de 22% desde o início de 2019.

Lusa
25 de Setembro de 2019 às 12:37
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As ações do BCP estão a negociar em forte queda esta quarta-feira, 25 de setembro, depois de o CEO da instituição, Miguel Maya, ter confessado ao Eco que 2019 será um ano mais difícil do que perspetivara.

Os títulos estão a desvalorizar 5,55% para 17,7 cêntimos, a cotação mais baixa desde abril de 2017. Esta é já a quarta sessão consecutiva de perdas para a instituição financeira que, só neste período, já acumula uma perda de 13%.

Esta quarta-feira, em meia sessão, já trocaram de mãos quase 59 milhões de ações do BCP, acima da média diária dos últimos seis meses, que não vai além dos 49 milhões.

Este desempenho acontece depois de o presidente executivo do banco, Miguel Maya, ter abalado a confiança dos investidores com a exposição dos desafios que se colocam ao BCP. "Este é um ano mais difícil do que aquele que tínhamos perspetivado quando fizemos o orçamento", disse Miguel Maya em declarações ao ECO.

Ainda assim, o responsável destacou que tem "equipas extraordinárias" e que está "convencido que estamos a fazer o caminho que devemos fazer".

O CEO do banco já tinha alertado anteriormente que a política de juros baixos do BCE colocava desafios adicionais ao setor bancário, limitado na sua rentabilidade. A tendência deverá agora continuar, como Mário Draghi sinalizou na última reunião de política monetária do BCE, que terminou com o anúncio de novos estímulos à economia, com mais cortes de juros e o regresso da compra de ativos.

A par do BCP, também a sua unidade na Polónia, o Millennium Bank, tem sido penalizado pelos investidores, numa altura em que a instituição aguarda pelo veredicto do Tribunal de Justiça da União Europeia sobre os empréstimos à habitação concedidos em francos suíços, esperado para 3 de outubro.

Com a desvalorização registada esta quarta-feira, o BCP eleva para mais de 22% a perda acumulada em 2019.

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