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Bayer planeia cortar dividendo em 95% para pagar dívida

A farmacêutica, que em 2022 pagou um dividendo de 2,4 euros, planeia pagar 11 cêntimos relativamente aos resultados de 2023. O objetivo é reduzir a dívida que era de 38,7 mil milhões de euros em setembro do ano passado.

Bloomberg
19 de Fevereiro de 2024 às 19:18
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A Bayer planeia reduzir em 95% o seu dividendo, num esforço para pagar um elevado montante de dívida. A empresa tem estado em rota de recuperação depois de um conjunto de processos em tribunal devido aos impactos negativos do herbicida Roundup nos consumidores.

O Roundup é produzido pela Monsanto, uma empresa adquirida pela farmacêutica há cinco anos por 63 mil milhões de dólares.

A Bayer vai, por isso, apresentar um plano aos investidores para oferecer 11 cêntimos por ação relativos aos resultados do ano fiscal de 2023. Esta é uma diferença significativa face aos 2,4 euros pagos em 2022.

Esta nova política, em que a empresa pretende pagar o menor dividendo legalmente possível nos próximos três anos, é uma nova tentativa do CEO, Bill Anderson, para tentar recuperar a companhia.

O responsável máximo da farmacêutica já tem a decorrer mudanças operacionais para acelerar o processo de tomada de decisão e reduzir a força de trabalho em milhares de trabalhadores, segundo noticia a Bloomberg. A estratégia estará também a ser revista.

A Bayer endividou-se de forma significativa com a compra da Monsanto em 2018, a fabricante do herbicida Roundup. No final de setembro a farmacêutica tinha cerca de 38,7 mil milhões de euros em dívida.

A redução em curso do dividendo deverá permitir à empresa poupar cerca de 2,3 mil milhões de euros em cada um dos próximos três anos, segundo as contas da Jefferies numa nota a que a Bloomberg teve acesso. Ainda assim o analista Charlie Bentley afirma que tal não deverá ser suficiente e que são necessárias mais "ações estratégicas" para restaurar o balanço da companhia.

A Bayer já prometeu despender de cerca de 16 mil milhões de dólares para chegar a acordo com milhares de queixosos norte-americanos que alegam que o Roundup causou cancro. A empresa insiste que o herbicida é seguro.
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