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Banif volta a disparar e já recupera 62% em dois dias
As acções do banco estão a recuperar pelo segundo dia depois do primeiro-ministro António Costa ter garantido que os depósitos na instituição estão garantidos.
As acções do Banif estão mais uma vez em destaque, com o banco a disparar 30%, depois do forte sobe e desce dos últimos dias, devido aos rumores em torno do futuro do banco que está a correr contra o tempo para chegar a acordo com um investidor estratégico. Em dois dias, os títulos escalam 62,5%, afastando-se do mínimo histórico de 0,0006 euros fixado no início da semana.
O Banif segue a subir 30% para 0,0013 euros, depois do primeiro-ministro António Costa ter garantido que os depósitos estão protegidos, não tendo contudo afastado perdas para os contribuintes. Trata-se da cotação mais elevada nos últimos três dias, depois de a instituição ter estado a renovar mínimos históricos consecutivos, tendo chegado a tocar em 0,0006 euros.
Uma descida de 40,91%, uma valorização de 23,08% e, na sessão desta quarta-feira, 16 de Dezembro, uma subida de 30%. Assim tem sido o comportamento das acções do Banif nas últimas sessões, num período verdadeiramente frenético, com as variações percentuais dos ganhos e das perdas a escalarem percentagens expressivas, fruto da baixa cotação das acções.
Este comportamento é o reflexo do período difícil que a instituição atravessa, em que os investidores se revelam cada vez mais nervosos com aquilo que poderá ser o futuro do banco. A entidade está a negociar com potenciais investidores previstos, que estejam disponíveis a injectar capital no Banif.
A situação de forte instabilidade e incerteza em torno das acções agravou-se desde o fim-de-semana, depois de a TVI ter avançado que o Governo estava preparado para intervir no Banif, uma informação que entretanto foi desmentida e obrigou a um pedido de desculpa por parte dos responsáveis do canal de televisão.
Para tranquilizar os depositantes, várias entidades vieram a público garantir que os depósitos estão garantidos. Esta terça-feira foi a vez de António Costa assegurar que os depósitos estão garantidos, mas não os contribuintes.
"Neste momento, o processo do Banif continua em apreciação nas instituições europeias, o processo de venda continua em curso e em qualquer circunstância o Estado garantirá sempre a integridade dos depósitos, independentemente do seu montante", declarou o líder do Executivo.