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Banif afunda 27% e atinge novo mínimo histórico

As acções do Banif estão a reagir em forte queda às notícias sobre a possibilidade de o banco ser intervencionado, apesar da instituição liderada por Jorge Tomé ter negado informações nesse sentido.

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14 de Dezembro de 2015 às 08:30
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As acções do Banif estão de regresso às fortes quedas na sessão desta segunda-feira, com os investidores a temerem que o banco venha a ser alvo de um processo de resolução.

 

Os títulos caem 27,27% para 0,0010 euros, sendo que no início da sessão chegaram a afundar 56,36% para 0,0006 euros, o que representa um novo mínimo histórico. A liquidez é muito elevada, sendo que em menos de uma hora foram transaccionados mais de 500 milhões de títulos, o que supera a liquidez média diária dos últimos seis meses.

 

Na sessão de sexta-feira as acções tinham recuperado 57,14% para 0,0014 euros, depois do banco ter confirmado que tinha dado início ao processo de venda da posição do Estado no Banif. Esta segunda-feira contudo acentuaram-se os receios de que o banco vai ser alvo de uma resolução, o que está a provocar uma queda acentuada nos títulos.

"Continuam os receios de que o banco venha a precisar de mais capital e de como irá decorrer o processo de venda e em que moldes, uma vez que o mercado considera que o banco não vai conseguir pagar o que deve ao Estado", explicou à Reuters Albino Oliveira, analista da Patris Investimentos, acrescentando que "o facto do valor nominal do título ser tão baixo torna-o muito volátil e esta volatilidade não vai abrandar nos próximos dias". 

 

O ministério das Finanças anunciou esta madrugada que "decorre um processo de venda" da posição do Estado no banco e que neste dossiê a preocupação do Governo liderado por António Costa passa por "garantir a confiança no sistema financeiro, a plena protecção dos depositantes, as condições de financiamento da economia e a melhor protecção dos contribuintes".

 

Este comunicado das Finanças surge depois de depois de a TVI ter noticiado que o Executivo está preparado para intervir no Banif. A estação de Queluz adiantava que o Banif podia ser alvo de uma medida de resolução, com a separação entre os activos problemáticos e saudáveis, podendo estes ser transferidos para a Caixa Geral de Depósitos.

 

Também em comunicado, o Banif "desmentiu categoricamente" esta notícia da TVI de que estava a ser preparada uma intervenção na instituição. O banco liderado por Jorge Tomé dá classifica as informações avançadas pela TVI de "falsidades (…) que não só não correspondem à verdade como não têm qualquer espécie de fundamento".

 

A TVI não foi contudo o único meio de comunicação social a avançar com notícias sobre a possibilidade de o Banif ser intervencionado. O Público avançou que "o Governo está a trabalhar para durante esta semana poder apresentar uma solução para o Banif que, independentemente da via escolhida, venda total, parcial ou por conversão dos Cocos (empréstimo) em capital, passará por expurgar do balanço os activos "tóxicos" (criar banco mau)".

 

Já o Diário Económico noticia que o Banif está numa "corrida contra o tempo para encontrar comprador até sexta-feira", sendo que há pelo menos três fundos convidados a apresentar ofertas até ao fim da semana.

 

(notícia actualizada às 9:35 com citação de analista)

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