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Apple vale 13 vezes a bolsa de Lisboa

Resultados sólidos e boas perspectivas para 2018 animaram a tecnológica. As acções superaram os 900 mil milhões de dólares e já há analistas que antecipam um valor de mercado de um bilião.

Tim Cook a criar uma nova Apple: Acabou 2016 como o 11.º CEO do mundo em valor criado para os accionistas. O ano marca a tentativa do sucessor de Steve Jobs de deixar a sua marca na Apple. Apesar de o foco continuar nos aparelhos - foi lançado o iPhone 7 e o novo MacBook Pro -, a Apple já aposta a sério nos conteúdos (é a segunda maior fonte das suas receitas, que caíram pela primeira vez desde 2001) e aventura-se em áreas como o automóvel e a saúde. Pelo meio, a guerra política devido aos impostos - Bruxelas determinou que a Apple devolvesse à Irlanda 13 mil milhões de euros - continua a dar-lhe dores de cabeça.
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07 de Novembro de 2017 às 07:00
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A Apple é, há já algum tempo, a maior empresa do mundo. Um estatuto que tem vindo a reforçar. Depois dos resultados apresentados na semana passada, superou mesmo a barreira dos 900 mil milhões de dólares. Um valor de mercado que supera em 13 vezes o índice de referência nacional, o PSI-20. E há quem acredite que possa vir a ser a primeira empresa a valer um bilião de dólares (860,6 mil milhões de euros).


A Apple apresentou, no final da semana passada, os resultados do quarto trimestre fiscal. No trimestre terminado em Setembro, e pela primeira vez desde Dezembro de 2014, viu crescer as vendas em todos os produtos e em todas as geografias. E viu as suas contas melhorarem no importante mercado chinês.


Além disso, melhorou as estimativas para o próximo trimestre. Confiante no sucesso do iPhone X, estima receitas entre 84 mil e 87 mil milhões de dólares no primeiro trimestre fiscal de 2018. O que, a confirmar-se, seria o melhor trimestre de sempre da Apple. E há mais: a tecnológica revelou que tem mais de 268 mil milhões de dólares em liquidez, dinheiro que pode usar em futuros investimentos e num programa de remuneração accionista mais generoso.


Boas notícias que animaram os investidores e levaram as acções a subir um máximo de 3,66% para os 174,26 dólares, na sexta-feira. E, já esta segunda-feira, a companhia chegou a avançar 1,4% para os 174,91 dólares, um máximo histórico. Deste modo, superou a fasquia dos 900 mil milhões de dólares (774,5 mil milhões de euros). Um valor que supera em 13 vezes os 59,7 mil milhões de euros de valor de mercado do PSI-20.


Ao mesmo tempo, vários bancos de investimento reviram o preço-alvo para as acções. A Piper Jaffray estima que os títulos possam chegar aos 200 dólares, o que elevaria para um bilião de dólares a sua capitalização bolsista. A empresa precisa de avançar cerca de 12% para atingir os 194,76 dólares, cotação que a levaria a valer um bilião de dólares. Entre os 43 analistas que seguem a empresa, 36 recomendam "comprar" e sete recomendam "manter", nenhum apresenta "rating" de vender. A avaliação média das acções é de 186,85 dólares, o que representaria uma capitalização bolsista de 959 mil milhões de dólares.


Desde o início do ano, a empresa sobe mais de 50%. E os analistas acreditam que a procura pelo iPhone X, que chegou às lojas na passada sexta-feira, será determinante para o rumo das acções da empresa liderada por Tim Cook. "Acreditamos que as acções vão negociar no ponto mais alto do intervalo histórico ainda que os actuais múltiplos de mercado são elevados e a oferta de iPhone X continua escassa", frisa Sherri Scribner. O analista do Deutsche Bank subiu o preço-alvo da Apple de 140 dólares para 152 dólares, tendo mantido a recomendação de "manter". 

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