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Ações do grupo imobiliário Evergrande afundam para mínimos de 11 anos

O grupo imobiliário chinês marcou a sessão na Ásia e está também a merecer as atenções dos investidores na Europa.

Sede da Evergrande, na China
David Kirton / Reuters
20 de Setembro de 2021 às 10:44
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O dia até foi de feriado para algumas bolsas no Japão e na China continental, mas em Hong Kong, onde o Hang Seng esteve a negociar, o grupo imobiliário Evergrande foi um tema incontornável. No total, o Hang Seng derrapou 3,5% nesta sessão.

As ações do Evergrade caíram para mínimos de 2010, fechando a sessão em Hong Kong com uma desvalorização de 10,24% para 2,28 dólares de Hong Kong. A empresa conseguiu reduzir parte das perdas na sessão, já chegou a ver os títulos cair 19% ao longo da negociação em Hong Kong.

Esta foi a sexta sessão consecutiva de quedas para o grupo, numa altura em que o gigante imobiliário enfrenta uma crise que trouxe "dificuldades sem precedentes". O grupo viu-se obrigado a vir a público alertar para o risco de incumprimento, no mês passado, voltando este mês a indicar que está sob "tremenda pressão" por falta de liquidez.

A situação financeira deste gigante está a preocupar os investidores, que temem que a empresa não consiga reunir os fundos necessários para conseguir evitar uma situação de incumprimento, num momento em que a empresa tem de pagar 83,5 milhões de dólares em juros de uma obrigação no próximo dia 23 de setembro.

O desempenho do Evergrande na sessão e os receios ligados ao imobiliário na China estenderam-se a outras empresas com ligação ao setor imobiliário. Um dos exemplos é a queda das ações da seguradora Ping An, a maior do mercado chinês, que caíram 8,4% esta segunda-feira. O índice Hang Seng Property Index, que acompanha o desempenho das empresas de imobiliário, caiu quase 7%, tocando em mínimos de 2016.

"O Evergrande é apenas a ponta do iceberg", diz Louis Tse, managing diretor da Wealthy Securities, citado pelo Financial Times. Este analista aponta que as empresas ligadas ao imobiliário na China estão a enfrentar "uma pressão substancial".

Além do Evergrande, também a chinesa Sinic, que opera no setor do imobiliário, deixou os investidores atentos. A empresa interrompeu a negociação em Hong Kong depois de as ações terem afundado 87%. Segundo a Bloomberg, a empresa não apresentou uma justificação para ter interrompido a negociação.
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