Notícia
Ações de fabricantes chinesas derrapam depois de avisos de Pequim sobre especulação nos “chips”
As ações de fabricantes como a SMIC ou a Hua Hong chegaram a cair 5% na sessão, numa altura em que a imprensa estatal voltou a deixar avisos sobre o aumento da pressão regulatória. Pequim promete “não ter tolerância” no que diz respeito à especulação na área dos semicondutores.
A indústria de "chips" na China começou a semana a reagir à imprensa estatal do país que, na sexta-feira passada, publicou avisos ligados à especulação neste mercado. Num momento em que a crise de "chips" continua, com cadeias de produção ainda longe de conseguir dar resposta à procura por este tipo de componentes, Pequim promete "não ter tolerância" para com quem especula no mercado dos "chips", elevando o preço destes componentes.
No comentário, feito na estação de televisão CCTV, foi frisado que algumas empresas do setor teriam aumentado os preços de "forma maliciosa". Nesta ocasião, foi ainda apontado que os vendedores de "chips" devem ser disciplinados e abster-se de açambarcar componentes.
As ações de gigantes da indústria de semicondutores estiveram a reagir na sessão desta segunda-feira aos comentários da imprensa estatal. As ações da SMIC (Semicondutor Manufacturing International Corp), cotadas em Hong Kong, cederam 4,97%, fechando nos 26,75 dólares de Hong Kong (2,92 euros). A SMIC é a maior empresa desta área na China continental, tendo como clientes empresas como a Qualcomm ou a Texas Instruments.
Também os títulos da Hua Hong Semiconductor afundaram, neste caso 5,69%, a cotar nos 51,40 dólares de Hong Kong (5,62 euros). Segundo a Bloomberg, esta foi a maior queda da empresa em quase três meses. Já a Will Semiconductor, cotada em Xangai, cedeu 5,73% na sessão, a fechar nos 291,26 yuans, cerca de 38,24 euros. A Hubei Tech, sediada em Shenzhen, um ponto relevante na indústria tecnológica da China, caiu 3,3% esta segunda-feira, para os 28,17 yuans (3,70 euros).
A crise dos "chips" começou no ano passado, com a pandemia de covid-19 a ter influência nas cadeias de produção de componentes na Ásia. As perturbações são sentidas desde então, numa crise que continua sem fim à vista. Além da indústria tecnológica, também o setor automóvel enfrenta as consequências das perturbações da falta de componentes.
Alguns analistas apontam que a normalidade poderá ser reposta na indústria de "chips" em 2022 mas há quem antecipe que isso só aconteça em 2023. É o caso do CEO da Intel, Pat Gelsinger, que aponta que a crise dos "chips" só esteja resolvida daqui a dois anos.
No comentário, feito na estação de televisão CCTV, foi frisado que algumas empresas do setor teriam aumentado os preços de "forma maliciosa". Nesta ocasião, foi ainda apontado que os vendedores de "chips" devem ser disciplinados e abster-se de açambarcar componentes.
Também os títulos da Hua Hong Semiconductor afundaram, neste caso 5,69%, a cotar nos 51,40 dólares de Hong Kong (5,62 euros). Segundo a Bloomberg, esta foi a maior queda da empresa em quase três meses. Já a Will Semiconductor, cotada em Xangai, cedeu 5,73% na sessão, a fechar nos 291,26 yuans, cerca de 38,24 euros. A Hubei Tech, sediada em Shenzhen, um ponto relevante na indústria tecnológica da China, caiu 3,3% esta segunda-feira, para os 28,17 yuans (3,70 euros).
A crise dos "chips" começou no ano passado, com a pandemia de covid-19 a ter influência nas cadeias de produção de componentes na Ásia. As perturbações são sentidas desde então, numa crise que continua sem fim à vista. Além da indústria tecnológica, também o setor automóvel enfrenta as consequências das perturbações da falta de componentes.
Alguns analistas apontam que a normalidade poderá ser reposta na indústria de "chips" em 2022 mas há quem antecipe que isso só aconteça em 2023. É o caso do CEO da Intel, Pat Gelsinger, que aponta que a crise dos "chips" só esteja resolvida daqui a dois anos.