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Ações da Cofina ajustam para 45,07 cêntimos após destaque dos direitos

Os direitos de subscrição do aumento de capital ficam com um preço teórico de 0,1296 cêntimos.

20 de Fevereiro de 2020 às 16:49
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As ações da Cofina negociaram esta quinta-feira pela última vez com os direitos de subscrição do aumento de capital incorporados, pelo que vão ser alvo de um ajuste técnico para refletir este destaque.

 

As ações fecharam hoje nos 45,2 cêntimos, cotação que sofre um ajuste para 45,07 cêntimos. Quem comprar ações a partir de sexta-feira já não receberá direitos que permitem a subscrição das novas ações que vão ser emitidas no aumento de capital.

 

Para chegar ao valor teórico das ações pós aumento de capital (theoretical ex-rights price, ou TERP), é preciso somar a capitalização bolsista atual (46,4 milhões de euros) ao valor do encaixe com o aumento de capital (85 milhões de euros) e dividir pelo número total das ações após a conclusão da operação (291.454.725). Tendo em conta a cotação de fecho desta quinta-feira, o TERP é de 45,07 cêntimos. As cotações históricas da Cofina serão todas ajustadas para refletir o impacto da operação.

 

Tendo em conta a cotação da Cofina no fecho desta quinta-feira, cada direito da Cofina apresenta um valor teórico de 0,1296 cêntimos. Este valor corresponde à diferença entre a cotação de fecho de hoje das ações e o seu valor ajustado pós destaque dos direitos. É muito reduzido uma vez que a cotação das ações fica muito próxima do valor do aumento de capital.

 

Os acionistas que mantiveram as ações em carteira até ao fecho da sessão desta quinta-feira vão receber um direito por cada ação detida. Por cada direito podem subscrever 1,8416355422677 novas ações, mediante o pagamento de 0,45 euros por cada uma.

 

Um acionista que até hoje tinha em carteira 1.000 ações da Cofina, vai receber 1.000 direitos que possibilitam a subscrição de 1.841 novas ações. Terá que efetuar um investimento de 828,54 euros e ficará com 2.841 novas ações.

 

A Cofina vai emitir 188.888.889 ações, com um preço de subscrição unitário de 0,45 euros, o que resultará num encaixe de 85 milhões de euros que servirá para financiar parte da aquisição da Media Capital.

 

Os direitos de subscrição podem ser transacionados em bolsa entre 25 de fevereiro e 5 de março e o período de subscrição das novas ações decorre entre 25 de fevereiro e 10 de março (as ordens podem ser revogadas até 4 de março). Os resultados da oferta serão apurados em sessão especial de bolsa agendada para 11 de março e as novas ações devem ser admitidas à negociação a 13 de março.

 

Não há tomada firme por parte dos intermediários financeiros, mas os acionistas de referência da Cofina e a Pluris (de Mário Ferreira) garantem a subscrição de 70,5% das novas ações. Além disso, o empresário dono da Douro Azul pretende investir um máximo de 20 milhões de euros no aumento de capital, pelo que poderá ter que comprar mais direitos além dos que já adquiriu aos atuais acionistas da Cofina. O Abanca também manifestou a intenção de investir no aumento de capital da Cofina o encaixe que vai receber na OPA da Media Capital (perto de 10 milhões de euros).     

 

A Cofina tem como objetivo aumentar a sua dimensão (com destaque para o EBITDA e solidez financeira), sendo que para tal aposta noutros segmentos de media e na internacionalização para mercados naturais. A empresa quer manter as atuais posições de liderança da Rádio Comercial, do Correio da Manhã e da CMTV; recuperar a primeira posição que foi já ocupada pela TVI. Visa também "aproveitar as sinergias operacionais decorrentes de uma operação com maior escala no setor televisivo"; "otimizar e desenvolver a produção de conteúdos" e "reforçar a sua oferta na área digital". A Cofina estima sinergias de 46 milhões com a compra da Media Capital.

 

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