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Bolsas europeias no vermelho pressionadas pela banca grega e pela Nokia

Os bancos gregos estão a pressionar o índice Stoxx 600 para terreno negativo, que hoje chegou a bater um máximo histórico durante a sessão. Já a finlandesa Nokia recua mais de 5% depois de ter sido divulgado que a empresa está a negociar a fusão com a Alcatel-Lucent.

Bloomberg
14 de Abril de 2015 às 13:31
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Depois da abertura em terreno positivo, as bolsas europeias negoceiam agora no vermelho. O Stoxx 600 está a desvalorizar 0,82% para 412,65 pontos esta terça-feira, 14 de Abril, depois de ter aberto a valorizar 0,06%.

 

Apesar das desvalorizações actuais, as acções europeias voltaram a atingir novo recorde esta manhã. O Stoxx 600 bateu um máximo histórico pela sexta sessão consecutiva. O índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias atingiu os 414,67 pontos esta sessão. 

 

A pressionar o Stoxx 600 está a performance da banca, com os bancos gregos Alpha Bank e National Bank a perderem mais de 5%. Já o espanhol banco Santander perde 3,86% para 6,876 euros na bolsa de Madrid, com a desvalorização a acontecer no dia em que a cotada entra em ex-dividendo.

 

Destaque também para a desvalorização do BCP que regista a sexta maior queda na Europa ao descer 3,81% para 8,83 cêntimos.

 

Já a Nokia perde 5,47% para 7,345 euros, depois de ser hoje divulgado que a finlandesa está em negociações para se fundir com a Alcatel-Lucent. Por seu turno, a empresa francesa lidera os ganhos na Europa e regista um avanço de 11,96% para 4,325 euros.

 

Olhando para as praças europeias, o cenário é de queda entre as principais bolsas, com Madrid (-0,91%), Paris (-0,51%) e Frankfurt (-0,56%) a desvalorizarem. 

 

A liderar as perdas está a praça de Atenas que perde 1,96%, pressionada pela banca helénica. O índice para o sector da banca está a recuar 5,23%, com quatro cotadas a perder mais de 5%: Alpha Bank (-6,69%), Eurobank (-6,31%), Attica Bank (-5,56%) e National Bank (-5,26%).

 

A praça grega está a ser afectada pela incerteza que rodeia o futuro da Grécia. Isto num  momento em que os parceiros europeus esperam pela entrega da lista de reformas por parte de Atenas até ao final desta semana. O objectivo é que a lista fique fechada o mais cedo possível para que o Eurogrupo possa dar luz verde às reformas na reunião de dia 24, de forma a desembolsar dinheiro para Atenas num momento em que os cofres gregos sofrem com falta de liquidez.

 

A queda das praças europeias acontece no dia em que dados divulgados demonstram que a produção industrial na Zona Euro aumentou 1,6% face a período homólogo.

 

A valorização das acções europeias acontece antes da reunião do Banco Central Europeu (BCE) que vai ter lugar na quarta-feira, 14 de Abril. A reunião acontece mais de um mês depois do início do programa de compras. A instituição divulgou ontem que gastou 12,01 mil milhões de euros na compra de activos na semana passada, no que foi o valor semanal mais baixo desde o início do programa a 9 de Março.

 

Os analistas apontam que a desvalorização nas praças europeias acontece num momento em que os mercados estão à espera da divulgação dos resultados do primeiro trimestre.

  

"Após uma série de bons resultados, o mercado está a ficar muito arriscado para os investidores. Vamos focar-nos na próxima divulgação de resultados e vamos olhar para as perspectivas das empresas para procurar por mais pistas", disse à Bloomberg Heinz-Gerd Sonnenschein, analista do Deutsche Postbank.

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