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Acções do BCP caem mais de 10% para mínimo histórico

Na sessão desta quarta-feira, o Banco Comercial Português igualou o seu mínimo histórico alcançado em Junho de 2012. As acções do banco foram retiradas do índice de acções globais do MCSI e foi alvo de um "research" negativo do Goldman Sachs.

01 de Junho de 2016 às 16:47
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O BCP encerrou a sessão a recuar 10,78% para 2,73 cêntimos, igualando assim o mínimo histórico alcançado a 6 de Junho de 2012.

O volume de acções foi elevado, superando a média dos últimos seis meses. Esta quarta-feira, 1 de Junho, trocaram de mãos mais de 761 milhões de títulos enquanto a média diária dos últimos seis meses foi superior a 337 milhões de acções. Ainda assim, o volume de acções transaccionadas foi inferior ao registado ontem, dia em que mais de dois mil milhões de acções trocaram de mãos.

A capitalização bolsista do Banco Comercial Português baixou para 1.623 milhões de euros. E desde o início do ano, o banco liderado por Nuno Amado já recuou 43,73%.

Na Europa, o sentimento entre os principais bancos foi igualmente negativo. O Stoxx 600 para a banca recua 1,73%. O BCP foi o banco, entre os congéneres europeus, que teve o pior desempenho, dada a queda de 10,78% no dia de hoje. O italiano Banco Popolare foi a segunda instituição que teve o pior desempenho na Europa, tendo recuado 6,25%. Em Lisboa, o BPI encerrou a desvalorizar 1,03% para 1,153 euros.

Acções saem do MSCI Global

Este comportamento das acções do banco liderado por Nuno Amado tem lugar num dia em que o Negócios noticiou que as acções da instituição financeira foram retiradas do principal índice de acções globais. No âmbito da revisão semestral, a MSCI afastou os títulos do banco português do "MSCI Global", relegando as acções para o índice das pequenas capitalizações onde entrou também a Corticeira Amorim. A Pharol também foi despromovida, passando a estar no índice destinado às micro capitalizações.

A decisão da MSCI foi revelada a 12 de Maio, de acordo com o site. Contudo, só produziu efeitos nesta primeira sessão de Junho, sendo 31 de Maio o último dia em que os títulos do banco liderado por Nuno Amado figuraram no índice de referência global da MSCI, o "MSCI Global". A tendência de queda do BCP manteve-se, contudo, nesta primeira sessão de Junho. "É preciso não esquecer que a saída do título dos índices da MSCI teve também implicações, nomeadamente em termos do volume de acções transaccionadas na sessão de 31 de Maio", refere Albino Oliveira. Os títulos foram despromovidos deste índice global, o que terá levado a muitos gestores de fundos a ajustarem as suas carteiras, despejando acções do banco.

 

O BCP foi relegado do "MSCI Global" para o "MSCI Small Cap", o índice para empresas de pequena capitalização.

É também notícia hoje que o Goldman Sachs criou uma lista com os bancos mais vulneráveis. A instituição norte-americana procurou os bancos mais "vulneráveis" a comparações com o espanhol Banco Popular. 

Além disso, na edição desta quarta-feira, o Negócios avança que  o banco está a consultar dados confidenciais do Novo Banco. Assim sendo, o BCP entrou mesmo na corrida à compra do Novo Banco. O grupo de Nuno Amado é uma das instituições que está a passar a pente fino a informação detalhada sobre o banco de transição. Até ao final do mês, Banco de Portugal decide qual o modelo para a venda do Novo Banco.

Na apresentação dos resultados trimestrais do banco, Nuno Amado tinha já apontado que o banco poderia analisar a compra do Novo Banco. Mas que esta estaria dependente "de uma negociação entre o Estado e a DGComp [Direcção-geral da Concorrência europeia]". "Temos uma proibição de aquisição que pode ser levantada em circunstâncias excepcionais. Veremos qual a melhor solução", disse, na altura, o CEO do banco. 

 



(Notícia actualizada pela última vez às 17:05)

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