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Acções da Nos perdem 7% em duas sessões

Os títulos da empresa têm sido penalizados pelos investidores desde que as contas de 2015 foram apresentadas. Isto apesar dos bancos de investimento terem classificado os resultados como “sólidos”.

Os analistas salientam o 'aumento significativo da quota de mercado nos últimos três anos' e destacam 'o desempenho operacional da Nos' para justificar a escolha da empresa como 'top pick'. Mas há um outro argumento que merece mais destaque: dividendos. Os analistas accreditam que a empresa vai apostar numa política de distribuição de lucros pelos seus accionistas mais atractiva. 'Actualmente prevemos que o dividendo possa aumentar a um ritmo médio anual de 28,5% entre 2016 e 2020 de 0,16 euros para 0,43 euros' no período em análise.  O CaixaBI avalia a Nos em 6,50 euros, o que confere às acções da operadora um potencial de subida de 16,5%.
Miguel Baltazar/Negócios
03 de Março de 2016 às 10:58
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As acções da Nos prolongam, esta quinta-feira, as quedas sofridas na sessão anterior. Em dois dias, os títulos perderam 7% para 6,049 euros, o pior comportamento entre as cotadas do PSI-20. O mau desempenho das acções ocorre após a empresa ter revelado as contas de 2015. A cotada liderada por Miguel Almeida até conseguiu uma subida de 10,7% do lucro para 82,7 milhões de euros. E anunciou um aumento de 14% do dividendo, de 0,14 para 0,16 euros por acção.

A visão mais consensual dos bancos de investimento foi de que os resultados foram "sólidos". Mas havia expectativas de que a remuneração aos accionistas fosse maior. Os analistas da Haitong, por exemplo, apontavam para um dividendo de 0,20 euros por acção. Apesar disso, entidades como o HSBC continuam a manter a confiança de que a Nos tenha margem de manobra para continuar a subir a remuneração aos accionistas.

Outra das preocupações apontadas pelos analistas foi a incerteza em torno do modelo que a Nos irá utilizar para rentabilizar os direitos desportivos. Os analistas do CaixaBI, por exemplo, consideraram que a "indecisão relativamente à forma de comercialização e distribuição dos direitos de transmissão dos jogos de futebol adquiridos em Dezembro passado tem vindo a pressionar a cotação".

Em resumo, Pedro Ricardo Santos, gestor da XTB Portugal, explicou, numa nota, que "ainda que os resultados tenham sido considerados de forma global sólidos, a indefinição quanto à forma de comercialização dos direitos de transmissão dos jogos negociados com as principais equipas portuguesas no final do ano passado e o baixo dividendo projectado para 2016, inferior à expectativa do mercado, têm penalizado a negociação da cotada nacional".

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