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Acções da Bayer com maior queda em sete anos após multa da Monsanto

Os títulos da farmacêutica alemã já desceram quase 12% para cotarem no valor mais baixo em mais de dois anos.

Bloomberg
13 de Agosto de 2018 às 10:43
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As acções da Bayer, dona da Monsanto, estão a registar uma forte queda na bolsa de Frankfurt, depois de a agroquímica norte-americana ter sido condenada a pagar 290 milhões de dólares de multa por não ter informado sobre a perigosidade do herbicida Roundup, que terá estado na origem de um cancro num jardineiro.

Os títulos descem 10,69% para 83,32 euros, depois de terem chegado a afundar um máximo de 11,77% para 82,31 euros. Esta é a maior desvalorização desde Setembro de 2011, e a cotação mais baixa desde Maio de 2016.

Num processo que decorreu num tribunal de São Francisco, os jurados determinaram que a Monsanto agiu "com maldade ou omissão" e que o seu herbicida Roundup, ainda que na sua versão profissional RangerPro, contribuiu "consideravelmente" para a doença do jardineiro Dewayne Johnson.

A multa de 290 milhões de dólares poderá, contudo, ser apenas a ponta do icebergue. O julgamento acabou por ser um teste às provas que existem contra a Monsanto – comprada pela Bayer em Junho - e poderá servir de modelo para futuros processos em tribunal. De acordo com Chris Perrella, analista da Bloomberg Intelligence, se o litígio der origem a grandes veredictos, "poderá ter um impacto material nos lucros da Bayer".

Depois da sentença, Scott Partridge, vice-presidente da Monsanto, rejeitou qualquer ligação entre o glifosato e o cancro, insistindo que o veredicto não muda as mais de quatro décadas de utilização segurança e testada cientificamente do produto.

Criticado, mas raramente proibido ou condenado, o glifosato é considerado, desde 2015, como "provavelmente cancerígeno" pela Organização Mundial de Saúde.

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