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A semana em oito gráficos: EDPR afunda PSI-20 em semana de máximos nas bolsas mundiais e forte subida do petróleo

As bolsas mundiais continuam a surfar a onda dos estímulos e atingiram novos máximos históricos, uma tendência que passou ao lado da praça portuguesa, que foi castigada pela forte queda da EDP Renováveis. Os juros das obrigações subiram e o petróleo avançou com força para a quarta semana em alta.

Bolsas mundiais em máximos

Bolsas mundiais em máximos

Os ganhos não foram fortes, mas esta foi mais uma semana de máximos nas bolsas mundiais. Destaque para Wall Street, que continua a atingir recordes à boleia do plano de estímulos de 1,9 biliões de dólares de Joe Biden. Na Europa a tendência também foi positiva, numa altura em que a pandemia começa a ceder de níveis recorde, levando os investidores a acreditar que os confinamentos já não vão durar muito tempo.

PSI-20 cede terreno

PSI-20 cede terreno

Em Lisboa a semana foi negativa, com o PSI-20 a registar uma queda acima de 2%, penalizado sobretudo pelas duas cotadas com maior peso no índice. A bolsa portuguesa está em mínimos de dezembro e acumula agora uma descida de 3,5% em 2021, o que representa um dos piores desempenhos entre as praças europeias.

EDP Renováveis afunda ...

EDP Renováveis afunda ...

Depois de ter sido a estrela da bolsa portuguesa em 2020 e conseguido um arranque de ano fulgurante, a EDP Renováveis não resistiu à tomada de mais-valias e uma recomendação de vender do UBS. A EDP também perdeu terreno, numa semana que também foi de perdas acima de 3% para a Jerónimo Martins e BCP. Do lado dos ganhos destacou-se a Galp Energia, que apanhou boleia dos máximos do petróleo.

... e destaca-se no Stoxx600

... e destaca-se no Stoxx600

A queda acima de 12% em cinco sessões foi suficiente para a EDP Renováveis destacar-se pela negativa no principal índice europeu. Entre as 600 cotadas do Stoxx600, a segunda maior cotada portuguesa registou o terceiro pior desempenho na semana. Uma farmacêutica liderou as perdas e outra cotada do setor energético registou a segunda maior queda.

Twitter dispara após resultados

Twitter dispara após resultados

Os resultados de várias empresas, sobretudo tecnológicas, também contribuíram para a semana positiva em Wall Street. O Twitter destacou-se com um ganho acima de 20% depois de ter anunciado uma subida de 28% nas receitas publicitárias. A maior subida no S&P500 também foi de uma empresa que anunciou resultados.

Dólar continua fraco

Dólar continua fraco

No mercado cambial a semana voltou a ser marcada pelas expectativas sobre o pacote de estímulos que os investidores acreditam vai acelerar a recuperação da economia norte-americana, bem como a inflação. Mas os indicadores económicos fracos que foram divulgados voltaram a pressionar o dólar contra o euro e libra.

Matérias-primas ao rubro

Matérias-primas ao rubro

As matérias-primas estão a ser fortemente beneficiadas com as expectativas reforçadas de recuperação da economia global, que se traduzirá num aumento da procura. A tendência de alta é transversal – o índice que agrupa o desempenho das commodities está em máximos de seis anos – mas a estrela da semana foi o petróleo, que já negoceia em máximos de 13 meses e perto dos 62 dólares em Londres.

Foi a quarta semana de subidas para o petróleo, que além da recuperação da economia, beneficia também com a quebra das reservas norte-americanas e garantias de prossecução dos cortes à produção por parte dos países exportadores de petróleo (OPEP) e seus aliados (OPEP+), designadamente a Rússia.

Retoma impulsiona juros da dívida

Retoma impulsiona juros da dívida

A recuperação da economia global e da inflação implica a necessidade de menores estímulos monetários, pelo que a semana foi de agravamento nos juro da dívida, com a yield das obrigações portuguesas em máximos de três meses. Com Draghi a assumir a liderança do Governo, os juros de Itália caíram para mínimos históricos.

13 de Fevereiro de 2021 às 09:30
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