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A semana em oito gráficos: Bolsas europeias sobem pela quarta semana e juros aliviam
As bolsas europeias subiram esta semana, com exceção da praça lisboeta. O índice de referência Stoxx 600 valorizou pela quarta semana e ficou a apenas sete pontos de um máximo histórico. Os investidores focaram-se menos nos receios em torno dos confinamentos e mais nas perspetivas de uma sólida retoma económica global. Já os juros aliviaram com a aversão ao risco e o petróleo ficou inalterado.
Stoxx 600 sobe há quatro semanas
O saldo das últimas cinco sessões foi positivo na generalidade da Europa, com exceção da praça lisboeta. O índice Stoxx 600 marcou a quarta semana consecutiva de ganhos e na sexta-feira ficou a apenas sete pontos de um máximo histórico.
PSI-20 em contraciclo com resto da Europa
A bolsa nacional não acompanhou o movimento altista das restantes congéneres europeias, com o índice PSI-20 a ceder 0,23% na semana, o que aumentou para 1,26% a desvalorização desde o início do ano.
Altri lidera quedas em Lisboa
A Altri registou a maior descida na praça lisboeta, a recuar 4,31%. Isto na semana em que a empresa anunciou que vai voltar a subir os preços da pasta de papel, acompanhando um movimento generalizado do setor, que continua a beneficiar de uma forte procura num contexto de oferta restrita.
ASML dá brilho ao Stoxx600
A holandesa ASML Holding N.V. foi a cotada que mais ganhou no índice Stoxx 600. A empresa, que fornece sistemas de litografia para a indústria de semicondutores, que valoriza 460% no acumulado dos últimos cinco anos, foi impulsionada pelos resultados de 2020, reportados na terça-feira, que ficaram acima das expectativas.
Kansas City Southern acelerou com fusão no horizonte
A empresa americana do setor ferroviário valorizou mais de 13% na semana apoiada na expetativa quanto à primeira ligação ferroviária entre o México, Estados Unidos e Canadá. A Canadian Pacific Railway acordou a aquisição da Kansas City Southern por cerca de 25 mil milhões de dólares, uma operação que permitirá criar a primeira ligação ferroviária entre os três países da América do Norte.
Libra continua a brilhar
A divisa britânica apreciou perto de 0,5% nos mercados cambiais contra o euro ao longo da última semana, beneficiando da confiança inerente ao até aqui célere e eficaz processo de imunização contra a covid-19 no Reino Unido. O desempenho da libra face à moeda única europeia subsistiu apesar das medidas aprovadas pela União Europeia que poderão culminar com o bloqueio de exportações de vacinas para o território britânico.
Crude inalterado na semana
O preço do Brent, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, fechou esta semana a valer o mesmo que a 19 de março. O bloqueio no Canal do Suez fez as cotações dispararem, mas os receios em torno dos confinamentos tiveram efeito contrário, pelo que o saldo acabou por ser de zero.
Juros aliviam com fuga ao risco
A semana foi marcada pela aversão ao risco dos investidores perante o aumento acentuado dos casos de covid-19 em várias regiões do globo, que obrigaram vários países a agravar as restrições para combater a pandemia. As obrigações soberanas beneficiaram com o estatuto de ativo de refúgio, pelo que as yields baixaram de forma generalizada, anulando assim parte das subidas das semanas anteriores. A taxa das obrigações portuguesas a 10 anos cedeu mais de 5 pontos base e regressou a níveis inferiores a 0,2%.