Notícia
IMF – Vendas a retalho dos EUA caíram em dezembro
Inflação do Reino Unido abrandou em dezembro; Eur/Gbp recuou; Vendas a retalho dos EUA caíram em dezembro; Eur/Usd permanece acima dos $1,08; Petróleo em torno dos $80/barril; Ouro renovou máximos de abril
| Inflação do Reino Unido abrandou em dezembro; Eur/Gbp recuou
A inflação do Reino Unido abrandou em dezembro para os 10,5%, face ao período homólogo, sendo abaixo dos 10,7% de novembro. É o segundo abrandamento após a inflação britânica ter atingido um máximo de 41 anos em outubro de 2022 nos 11,1%. Apesar de se ter observado uma queda dos preços dos combustíveis e dos artigos de vestuário, os preços dos bens alimentares e bebidas não alcoólicas subiram 16,8% (homólogos). A inflação subjacente, que exclui componentes como a comida e a energia, permaneceu inalterada nos 6,3% em dezembro. A queda das pressões inflacionistas deixa o Banco de Inglaterra BoE com mais espaço de manobra, mas é agora esperada uma subida de 50 pontos base na sua próxima reunião, colocando as suas taxas nos 4%. Por outro lado, o gabinete de estatísticas britânico reportou uma queda mensal das suas vendas a retalho de dezembro de 1%, quando os analistas acreditavam numa subida de 0,5%. Em termos anuais a queda foi de uns impressionantes 5,8%, a maior registada num mês de dezembro desde 1997, face a uma queda de 4,1% esperada pelos investidores. A queda evidencia a preocupação das famílias britânicas com os seus orçamentos familiares nesta fase de inflação.
| Vendas a retalho dos EUA caíram em dezembro; Eur/Usd permanece acima dos $1,08
Segundo o Departamento de Comercio dos EUA, as vendas a retalho de dezembro caíram mais do que o esperado nos EUA: -1,1% em cadeia, face à previsão de -0,8%, após a queda de 1% em novembro, entrando no segundo mês consecutivo em declínio. As vendas a retalho são, na sua maioria, bens e não são ajustadas à inflação. O declínio nas vendas de dezembro foi em parte o resultado da queda do nível dos preços no mês. À medida que a FED combate a inflação, os custos de empréstimos ficam mais elevados, refletindo-se nas vendas a retalho, uma vez que muitos bens tendem a ser financiados a crédito. A queda nas vendas a retalho, juntamente com a inflação inferior ao esperado, poderão encorajar a FED a abrandar a subida dos juros na próxima reunião. Do outro lado do atlântico, a presidente do BCE Christine Lagarde contrariou as expectativas recentes de que a instituição irá abrandar o ritmo de escalada de taxas de juro devido à desaceleração da inflação. Lagarde, no seu discurso no Fórum Económico Mundial, afirmou que os investidores estão a "subestimar" a determinação do BCE em reduzir a inflação até à sua meta de 2%.
A nível técnico, o Eur/Usd, na última semana, renovou máximos de abril nos $1,0887, após ter quebrado a resistência dos $1,08 , transacionando ligeiramente acima de tal nível. Assim, espera-se que no curto prazo o par continue a valorizar, aproximando-se cada vez mais do nível dos $1,10.
| Petróleo em torno dos $80/barril
Na semana passada, os preços do crude recuperaram, tendo transacionado em torno do nível dos $80/barril. É de destacar que, na última semana, o petróleo beneficiou da melhoria das perspetivas económicas da China, criando expectativas de um impulso na procura de um dos maiores importadores de crude do mundo. Adicionalmente, o "ouro negro" beneficiou de expectativas de que a Reserva Federal dos EUA irá abrandar o seu ritmo de subida das taxas de juro.
A nível técnico, na última semana, o crude continuou a recuperar terreno, tendo nos últimos dias testado a resistência dos $80. Caso tenha sucesso, considera-se que o petróleo possa continuar a valorizar, tendo como próxima resistência o nível dos $85/barril.
| Ouro renovou máximos de abril
O ouro, expresso em dólares, continua a valorizar, cotando ligeiramente abaixo do nível dos $1950/onça, tendo renovado máximos de ciclo de abril. O metal precioso beneficiou das expectativas de um abrandamento do ritmo de subida das taxas de juro da Fed. O ouro tende a valorizar com as expectativas de subida de taxas recuam, visto que taxas mais baixas reduzem o custo de oportunidade de deter este ativo que não gera rendimento.
Na semana passada, o ouro continuou a sua escalada, tendo superado com sucesso a resistência dos $1900, estando a aproximar-se dos $1950 - uma possível resistência para o preço do metal precioso. Espera-se que esta seja superada com sucesso, levando a que o ouro continue a valorizar.
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