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IMF – PMIs da Zona Euro e dos EUA recuaram em maio

Preços do produtor na China sofrem o maior declínio dos últimos sete anos; PMIs da Zona Euro e dos EUA recuaram em maio; Petróleo com semana de quedas; Ouro permanece abaixo dos $2000.

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| Preços do produtor na China sofre o maior declínio dos últimos 7 anos

Em maio, o Índice de Preços no Consumidor (IPC), que é o principal indicador da inflação na China, registou um aumento de 0,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse aumento foi ligeiramente superior à subida de 0,1% registada em abril, porém inferior ao aumento esperado de 0,3%. Por sua vez, o Índice de Preços no Produtor (IPP) registou, em maio, o oitavo mês consecutivo de queda, com uma diminuição de 4,6%. Essa queda representa o declínio mais acentuado desde fevereiro de 2016 e supera a previsão de uma queda de 4,3%. Anteriormente, foi divulgado que as exportações chinesas recuaram mais do que o esperado em maio, enquanto as importações continuaram a diminuir. As exportações chinesas desceram 7.5%, bem mais do que os -0.4% esperados. As importações contraíram 4,5% (-8.0% esperados). Persistem as preocupações acerca da recuperação económica da China pós-Covid-19. Estes dados, apesar da economia chinesa ter crescido mais rapidamente do que o esperado no primeiro trimestre do ano, sugerem uma rápida diminuição da procura que é naturalmente mais baixa uma vez que nos EUA e na Europa as taxas de juro e a inflação têm vindo a aumentar.

O Eur/Cny apresentou uma valorização constante durante a semana, quebrando, por momentos, a resistência dos 7,68 yuans nos 7,6856 yuans onde renovou máximos de agosto de 2021. Nas próximas sessões, o par deverá realizar novos testes à resistência supramencionada.

| PMIs da Zona Euro e dos EUA recuaram em maio

A atividade da Zona Euro terá abrandado em maio, já que o índice PMI Compósito (Indústria + Serviços) recuou para 52.8 pontos, face a 54.1 pontos no mês anterior e à estimativa preliminar de 53.3 pontos. O PMI mostrou deterioração em ambos os setores, tendo o PMI dos Serviços recuado para 55.1 pontos, após ter registado o seu máximo do último ano em abril, nos 56.2 pontos. O PMI industrial divulgado apontou para um aprofundamento da quebra observada na atividade industrial dado que a procura retrocedeu, mesmo com a queda dos preços. As pressões nos custos foram, na generalidade dos setores, mais baixas em maio, visto os índices compósitos de preços terem recuado. Apesar disso, as empresas contrataram mais colaboradores, mas a um ritmo inferior, tendo o índice do emprego recuado para os 54.6 pontos, face ao máximo de 11 meses de 55.6 pontos em abril. Já nos EUA, segundo o instituto ISM, o setor dos serviços terá abrandado em maio, uma vez que o PMI respetivo recuou para 50.3 pontos, face aos 51.9 registados em abril. Uma leitura abaixo de 50 pontos indicia uma contração na atividade do setor em questão, pelo que se conclui que o setor dos serviços dos EUA esteve perto de contrair no mês de maio. Na semana passada, o ISM já tinha indicado que o PMI industrial permaneceu abaixo do limiar dos 50 pontos pelo 7º mês consecutivo. Uma medida do instituto que analisa as novas encomendas indicou que tal índice recuou para os 52.9 pontos face aos 56.1 registados em abril, o que indica que a procura dos consumidores norte-americanos estará a abrandar.

Após semanas com perdas consecutivas, o Eur/Usd recuperou, voltando a cotar acima dos $1,07 e a ameaçar realizar um teste à resistência dos $1,08 esta semana. É de salientar que o indicador técnico MACD inverteu o sinal para compra.

| Petróleo com semana de quedas

Os preços do petróleo apresentaram perdas no balanço da semana, apesar de terem subido temporariamente no início da semana devido à promessa por parte da Arábia Saudita de cortar a sua produção, mas recuaram depois com os fracos dados do comércio internacional chinês. Após rumores de um possível acordo entre os Estados Unidos e o Irão para suspender as sanções sobre a distribuição do petróleo iraniano, os preços da matéria-prima recuaram drasticamente, até que um porta-voz da Casa Branca negou oficialmente a existência desse acordo.

O petróleo teve uma semana volátil em torno dos $72, tendo quebrado quer a resistência dos $74 como o suporte dos $70 durante a semana. Espera-se a matéria-prima continue a transacionar entre o suporte e a resistência.

| Ouro permanece abaixo dos $2000

O ouro teve uma semana com ganhos ligeiros, impulsionados por um aumento nos pedidos semanais de subsídio de desemprego nos Estados Unidos, que diminuíram a probabilidade de a FED subir taxas na reunião desta semana. As atenções centram-se agora no relatório de inflação ao consumidor dos EUA, relativo ao mês de maio, previsto para 13 de junho, um dia antes da FED anunciar a sua decisão política.

O ouro cotou em três diferentes momentos abaixo dos $1950. Contudo, nas sessões seguintes voltou a aproximar-se da resistência dos 2000$. É esperado que o ouro continue a transacionar entre os $1940 e os $2000/onça.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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